Nestes últimos dias tenho meditado sobre os abismos que nos
separam; abismos estes que têm feito tanto mal para nós e para nossos irmãos.
Quando olho em minha vida vejo quantos abismos existiram e
outros ainda existem diante de mim. Estes abismos, infelizmente, fazem parte da
vida de todos nós.
Alguns abismos são naturais, como: o abismo da cultura; o
abismo do idioma; o abismo geográfico, etc., porém existem outros abismos, e,
com certeza, estes são os piores, que criamos e os aumentamos de quando em
quando, como: o abismo da religião; o abismo de nosso estilo de vida; o abismo
de nossa posição e doutrina; o abismo de nossos conceitos e pré conceitos;
enfim, são tantos os abismos que nos separam que se torna, aos nossos olhos e
vontade, quase impossível andarmos em unidade.
Lembro-me de um jogo muito conhecido no Brasil chamado “cabo
de guerra”. Este jogo consiste em: através de uma corda tentarmos puxar nosso
oponente para o nosso lado, aplicando toda nossa força e disposição.
Infelizmente é isso que temos vivido, um verdadeiro “cabo de
guerra”, tentando trazer todos aqueles diferentes para o nosso lado, pois não
suportamos lidar com os diferentes e na verdade acreditamos que o nosso lado é
o lado correto para todos.
Aplicamos toda nossa força e disposição para provar que a
nossa “visão”, nossa “doutrina” e a nossa maneira de fazer as coisas é a melhor
maneira, sendo assim, a cada dia alargamos mais e mais o abismo que nos separa.
Queridos, não adianta buscarmos através de fórmulas ou
tratados, através de uma uniformidade aparente, vivermos uma vida em comum,
pois este tipo de vida não é algo natural e que depende de nossa força. A
unidade não é uma escolha pessoal e sim uma escolha de Deus para nós.
A Verdade é que só existe uma forma de transpormos este
imenso abismo que nos separa; é colocando uma ponte (um Caminho) imparcial que
nos levará até o outro e assim podermos viver esta Vida em unidade apesar de
nossas diferenças e questões.
“Assegurou-lhes Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.”
(João 14:6ª)
Esta ponte chama-se Cristo Jesus, pois nEle e através dEle
podemos ir ao nosso irmão apesar do abismo que nos separa.
É nEle que temos o Caminho livre para nos amarmos, nos
aceitarmos e nos suportarmos mutuamente. É nEle que está toda a Verdade que
definirá todas as questões. É nEle que está a Vida que fluirá através de nós e
acabará com todas as diferenças.
Afinal Cristo é a única base e fundamento para vivermos em
unidade.
“Porque
ninguém pode colocar outro fundamento além do que está posto, o qual é Jesus
Cristo!” (1 Coríntios 3:11)
Oswaldo Pinho
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