quinta-feira, 22 de outubro de 2015

MUDANÇA DO CORAÇÃO É UMA QUESTÃO DE MORTE

“Porque enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9)
Nosso coração é tão enganoso que muitas vezes ele tem sido o nosso maior inimigo, pois frequentemente somos enganados e iludidos através de bons motivos e boas intenções.
Todavia, sempre que nossas atitudes ou decisões estiverem indo de encontro a vontade de Deus e procurando de alguma forma nossos próprios direitos e interesses. Isso é engano!
Precisamos entender que nunca poderemos ser mudados, se na verdade a nossa natureza não for mudada; e esta mudança não pode ser feita através da nossa própria força, da nossa prática religiosa.
Portanto, a grande obra do Espírito Santo em nossos corações não é nos consertar (por em bom estado o que estava estragado ou avariado; reparar). Jesus declarou: “Ninguém coloca remendo novo em roupa velha; porque o remendo força o tecido da roupa e o rasgo aumenta. Nem se põe vinho novo em odres velhos; se o fizer, os odres rebentarão, o vinho derramará e os odres se estragarão. Mas, põe-se vinho novo em odres novos, e assim ambos ficam conservados.” (Mateus 9:16-17).
A obra do Espírito Santo em nossas vidas não é parcial, pois esta relacionada com mudança de natureza, e, sendo assim, creio que o Senhor não quer somente mudar algumas coisas em nossas vidas, Ele quer fazer uma obra completa em nós. Portanto, se me permite dizer, creio que Deus não quer nos mudar, Ele quer nos matar.
Paulo entendeu bem este propósito quando declarou em Gálatas 2: 19-20): “Pois, por intermédio da Lei eu morri para a própria Lei, com o propósito de viver tão somente para Deus. Fui crucificado juntamente com Cristo. E, desse modo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa nova vida que agora vivo no corpo, vivo-a exclusivamente pela fé no Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim.”
Essa morte tem a ver com o processo do nosso relacionamento com Deus, pois toda e qualquer tentativa de fazermos isso através de nossa própria força e de práticas religiosas será na verdade uma obra de nossa carne e de nossa justiça própria. A isso podemos chamar de suicídio que é na verdade uma tentativa do homem em resolver aquilo que ele não consegue ver solução.
João Batista conseguiu ter a completa revelação desta morte em Cristo, pois ele não disse: “Convém que eu diminua para que Ele cresça”. Disse: “Convém que Ele cresça e que eu diminua.” (João 3:30). Em outras palavras: Quanto mais vida de Deus tiver em mim, menos vida própria eu terei.
Morrer com Cristo não é o fim e sim o começo, uma nova chance. E, essa é a maior demonstração do amor e da graça de Deus.
“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram, eis que tudo se fez novo! Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por intermédio de Cristo e no outorgou o ministério da reconciliação. Pois Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não levando em conta as transgreções dos seres humanos, e nos encarregou da mensagem da reconciliação.” (2 Coríntios 5:16-19)


Oswaldo Pinho