domingo, 27 de dezembro de 2015

UM PEQUENO ESTUDO SOBRE VIDA EM COMUM

“Vida em comunidade” é uma expressão que para muitos (inclusive foi para mim durante muitos anos) representa um grupo de pessoas que vendem tudo o que tem, começam a viver juntos, compartilhando todas as coisas, inclusive a sua individualidade. Seria uma espécie de local glorificado onde ninguém é dono de nada e sendo assim, não tem direito a nada. Onde um individuo vira uma comunidade e infelizmente passa a ser uma comunidade sem indivíduos.
Depois de muito tempo entendi que isto não é propriamente o que a Palavra de Deus sugere. Todavia, com certeza a vida em comunhão entre os irmãos da Igreja Primitiva foi a primeira expressão da vida de Deus e de Sua Igreja aqui na terra.
Como então entender a forma correta de viver este tipo de vida em comum? Tomando por base o texto abaixo (o mesmo texto pelo qual são criadas “as comunidades”).
“E perseveravam… na comunhão. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes… partiam pão de casa em casa, e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração… Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (Atos 2:42,44-47)
Quando olhamos para os relatos bíblicos não vemos nenhuma menção de grandes campanhas evangelísticas, vemos apenas a Igreja vivendo na prática uma vida comum, como um corpo. Foi exatamente isso que o Senhor Jesus havia previsto em João 17:21: “Para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em mim e Eu em Ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste.”
O mundo reconhecia a realidade da vida que unia aqueles irmãos, não apenas na teoria mas na vida prática, sendo assim, muitos iam sendo acrescentados no “novo estilo de vida”. Pois, o maior testemunho da Igreja não esta naquilo que ela prega e sim naquilo que ela vive.
As pessoas em geral não se impressionariam com os nossos cultos evangelísticos, com grande milagres de cura, todavia ficariam impactadas em ver o grande milagre que é irmãos tão diferentes vivendo juntos na vida comum. As pessoas quando deparavam com os primeiros cristãos encontravam naquele tipo de vida a própria vida de Jesus.
A pregação geralmente começava através de um encontro casual na rua. Não era necessário fazer nenhum tipo de campanha, nenhum tipo de fórmula mágica, cursos ou outra estratégia para alcançar aos perdidos, pois as obras daqueles irmãos era uma declaração que Deus estava com eles, e foi o testemunho dessa verdade que espalhou o evangelho rapidamente.
Eles tinham a Cruz de Cristo como fundamento e base da sua fé, sabiam que a cruz que lhes foi proposta para o seu dia a dia, abrindo mão de seus interesses, submetendo-se totalmente a vontade deles ao Senhorio do Senhor, era a única forma de manter na prática este tipo de vida. A Cruz de Cristo abre o caminho para nossa comunhão com o Pai e com os nossos irmãos.
Como essa vida em comunidade se expressava na prática diária daquele povo estranho:
1 – PARTIAM O PÃO DE CASA EM CASA
Isso não significava um pedaço de pão passando de mão em mão sem nenhuma revelação do corpo num domingo qualquer. Era uma refeição de um grupo de pessoas com um senso em comum: Jesus Cristo como centro de tudo.
Uma coisa importante a ser observada era que cada um possuía sua própria casa; mantinham sua identidade e a intimidade com sua família. É justamente neste ponto que muitos erram e muitas experiências de vida em comunidade se tornam um fracasso com marcas e feridas.
Vida em comunidade não é necessariamente um “amontoado” de pessoas vivendo na mesma casa ou no mesmo “terreno”. Mas é um estado de comunhão e dependência contínua que não depende do lugar onde vivemos. A verdadeira comunidade de Cristo não destrói a família, pelo contrário, a verdadeira comunidade protege a família.


2 – E VENDIAM SUAS PROPRIEDADES E BENS E OS REPARTIAM POR TODOS, SEGUNDO A NECESSIDADE DE CADA UM.
A venda de todos os bens não era uma coisa obrigatória, pois vemos em Atos 2:46, que as pessoas continuavam morando em suas próprias casas. Em Atos 5:4, quando Ananias e Safira vieram depositar o dinheiro aos pés dos apóstolos, Pedro disse: “Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder?” Os proprietários de casas e terrenos (plural) vendiam aquilo que não lhes era necessário para repartir com irmãos necessitados.
Você compreende agora por que a Igreja caiu na graça de todo o povo? Viam na prática o amor que eles confessavam com a boca.
3 – E TINHAM TUDO EM COMUM
“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder os apóstolos davam o testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.” (Atos 4:32-33)
Isto é o Reino de Deus; é a vontade de Deus sendo feita na terra como é feita no céu.
As propriedades particulares não eram substituídas por um bolo comum. Antes, cada um procedia como fiel mordomo daquilo que possuía, depois de vender o excedente, fazia como o Mestre, usava o que sobrava para o bem de todos.
O primeiro sinal de uma Nova Criatura é o amor que se manifesta através da vida em comum.
4 – TODOS OS QUE CRERAM ESTAVAM JUNTOS
Eles não tentavam produzir amor e unanimidade; pelo batismo do Espírito Santo já os possuíam. Bastava-os manifestar externamente o que já tinham interiormente.
A Igreja Primitiva se destacava pela maneira de viver, pois este estilo de vida era completamente diferente dos demais habitantes de Jerusalém. Este é o verdadeiro funcionamento do corpo, em que há uma expressão de vida em comum todos os dias, e não apenas aos domingos ou em ocasiões especiais.
“Muitos sinais e maravilhas eram realizadas entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E todos os que creram costumavam reunir-se, em comunhão, junto ao Pórtico de Salomão.” (Atos 5:12)
Esses irmãos se encontravam no final de seus afazeres diários neste local e ali compartilhavam, conversavam, e simplesmente passavam tempo juntos. O resto da cidade de Jerusalém observava a Igreja vivendo publicamente, amando publicamente, e ministrando publicamente; havia sentimentos diferentes entre esses observadores; ou não ousavam ajuntar-se a eles pelo poder que havia no seu meio, ou então procuravam saber como poderiam fazer parte daquela comunidade estranha.
“Vocês são uma colônia do céu”, disse o apóstolo Paulo em Filipenses 3:20 (no Grego), usando a tipologia de uma conquista romana. Quando Roma conquistava uma província, ela estabelecia uma colônia neste território estranho, que era governada por Roma, que vivia como Roma e que se tornava uma Roma em miniatura. Era o penhor da possessão e ocupação completa pelo reino romano.
Jesus também já venceu! Satanás esta derrotado e Jesus foi coroado. Dele é o reino, o poder e a glória, e ele também já estabeleceu sua colônia, sua própria igreja, no território conquistado. Esse povo que vive como se vive no céu, são governados pelo céu, e na realidade são a própria demostração e penhor do Reino dos Céus na terra. Deles é o encargo de possuir tudo aquilo que seu Rei e Senhor comprou com alto preço.
Queridos (as), a vida em comunidade não é uma novidade, nem a última moda lançada por algum estilista gospel. É o corpo de Cristo funcionando de acordo com a Palavra de Deus.
Oswaldo Pinho



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

DEUS VAI ABALAR AQUILO QUE É ABALÁVEL

“Cuidado! Não rejeiteis Aquele que fala. Pois, se não escaparam os que rejeitaram quem os advertia sobre a terra, muito menos nós, se desprezarmos Aquele que nos admoesta do céu. Aquele, cuja voz outrora abalou a terra, agora promete: “Ainda uma vez abalarei não somente a terra, mas de igual modo todo o céu”. Ora, esta frase: “Ainda uma vez” indica a remoção de coisas que podem ser abaladas, isto é, as coisas criadas, para que permaneça o que não pode ser abalado.” (Hebreus 12:25-27)
Alguns de nós têm um desejo profundo e sincero que haja uma visitação poderosa de Deus em nossas vidas, família, trabalho e principalmente na Igreja como um todo. Todavia creio que na verdade ainda não pesamos as consequências desta visitação. Se Deus realmente estiver no nosso meio, Ele vai abalar tanto a situação atual da nossa vida que a nossa segurança e comodismo serão totalmente destruídos.
Na verdade poderemos ficar abalados com aquilo que Deus vai falar e destruir quando nos visitar. Por outro lado, podemos ficar abalados mais ainda com aquilo que teremos para falar com Ele.
De alguma forma nesta visita descobriremos que Ele deseja nos revelar em primeiro lugar a Si próprio. E depois disto, os Seus planos, a Sua Palavra, os Seus caminhos, os Seus pensamentos, os Seus desejos, os Seus propósitos, o Seu amor, a Sua ira, e também as Suas provisões.
Muitos precisam ser abalados em sua estrutura (criada por nós ou pela nossa religião) e assim descobrir qual é a verdadeira base sob a qual construímos toda estrutura cristã (ou o nome que você queira dar) de nossa vida.
Na verdade vivemos tentando chegar até Deus através de nossas torres de Babel, ou através de alguma imitação humana da escada de Jacó, e assim ficamos como quem anda em uma esteira de ginástica; andamos, nos cansamos, mas não chegamos à lugar nenhum.
Precisamos permitir que Deus não só nos visite (em alguns cultos de fogo ou momentos especiais), mas que Ele habite em nós, que Ele se revele a cada dia mais e mais através dos detalhes e circunstâncias diárias de nossa vida.
Sei que com certeza isso trará morte para nossa carne, nossa vontade, nossos planos, enfim para todo nosso projeto já pré estabelecido. Mas quero lembra-lo que já estamos crucificados, e também ressuscitado com Cristo, e sentado com Ele nas regiões celestiais. Então, vamos nos dispor a ir até a morte, se é isto que a presença de Deus no nosso meio trará.
Deixe Deus abalar aquilo que Ele tem mostrado que ainda precisa ser abalado. Deixe as suas rebeliões e temores de lado, e diga por fé: “Ainda que esse abalo me leva a morte (do meu Eu), quero ter um relacionamento real, íntimo, e, viver na presença do Meu Senhor!
Oswaldo Pinho


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

DANDO UM TEMPO NA CORRERIA

Baseado em algo que li nestes dias, quero transcrever aqui algumas coisas que creio, são preciosas para nossas vidas.
“De madrugada, em meio a escuridão, Jesus levantou-se, saiu de casa e retirou-se para um lugar deserto, onde ficou orando.” (Marcos 1:35)
A cada dia que passa nos parece que o tempo esta passando mais rápido, somos obrigados, e, também, nos sentimos obrigados, a executar várias tarefas e nos envolvermos com muitas coisas ao mesmo tempo.
Sendo assim, não temos tempo para nos relacionarmos de forma pessoal, pois diante da correria da vida, o mundo nos coloca algumas “soluções práticas” (telefone, mensagens eletrónicas, redes sociais, etc.)
Em nosso esforço por realizar mais coisas, acabamos sem perceber “correndo atrás do vento” e no final do dia nos frustramos ao perceber que não conseguimos dar cabo de todas as coisas.
Olhando para o texto acima, vemos que Jesus, apesar de ser um homem ocupado e com um tempo limitado para cumprir o propósito da sua vinda aqui na terra, sempre dava um jeito de “escapar”, “dar um tempo” naquilo que parecia necessário para se concentrar naquilo que era realmente necessário, ou seja, se concentrar em Deus e tirar proveito da quietude, paz e direção que isso proporcionava.
A nossa recusa em nos desligarmos de tudo e rompermos com a correria frenética da vida nos tem impedido de termos uma maior intimidade com o Senhor, e, assim, deixamos de ter momentos preciosos a sós com Ele.
Só experimentaremos uma intimidade e um relacionamento profundo com o Espírito de Deus, quando de alguma forma priorizarmos aquilo que realmente precisa ser prioridade em nossas vidas.
Muitos estão de forma errada buscando: paz, tranquilidade, segurança, etc. em coisas externas, todavia todas estas coisas estão num só lugar; em Cristo, e Ele as colocou dentro de nós através do Seu Espírito. Portanto, o lugar para encontrarmos todas as coisas que precisamos estão dentro de nós.
“O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conhecereis, porque Ele vive convosco e estará dentro de vós.” (João 14:17)
Aqui vemos que o Espírito de Deus nos escolheu para sermos Sua Habitação. E, por causa dessa realidade, o estresse, o cansaço, a impaciência e principalmente, a falta de tempo não podem determinar como será nosso dia.
Enquanto vivermos nossa vida, precisamos acreditar por fé, que recebemos por promessa, o Espírito Santo habitando em nós. Sendo assim, onde estivermos, o que estivermos fazendo ou passando; Ele estará conosco; Ele será aquele que nos capacitará a fazer, ser, e, passar por todas as coisas.
Creia, o Espírito Santo não é uma força distante, Ele faz morada em nós, em nosso espírito regenerado, e assim, é Ele que nos dá total segurança para enfrentarmos essa “Loucura” que se chama vida.

Oswaldo Pinho

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

APRENDENDO A DESCANSAR

Quero transcrever aqui algumas verdades que há muito tempo li e muitas vezes compartilhei, todavia, até hoje continuo a meditar e a tentar fazer que na prática estas verdades façam parte da minha vida. Porém, apesar de ainda não ter conseguido, quero continuar a perseguir este alvo.
Existem três atitudes que vão ser a base para toda nossa vida de seguidor de Cristo. Uma em relação a Deus, outra em relação ao mundo e outra em relação aos ataques do inimigo.
1ª ATITUDE: ASSENTAR
“No entanto Deus que é rico em misericórdia, por meio do grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, estando nós ainda mortos em nossos pecados, portanto: pela graça sois salvos! Deus nos ressuscitou com Cristo, e com Ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus.” (Efésios 2:4-6)
Precisamos entender que a nossa vida com Cristo não começa com andar (fazer algo) e sim com o assentar (descansar em algo), isto é, não é uma vida de agonia em ter que fazer algo para Deus. A vida com Cristo é: Por fé, descansar em algo que já foi feito.
Porém, o que é este assentar na prática? Assentar nos fala de perdemos o controle de tudo; nos fala em depositar o peso de nossa vida, de nossa pessoa, de nosso futuro, enfim, tudo, sobre o Senhor.
“Vinde a mim todos os que estais cansados de carregar suas pesadas cargas, e Eu vos darei descanso.” (Mateus 11:28)
A base de nosso descanso é: Deus fez tudo em Cristo e nos cabe através da fé, usufruir desta verdade. Eu recebo tudo, não pelo que eu faço, mas porque eu descanso naquilo que Cristo já fez por mim.
Deus vai esperar que você pare de tentar fazer alguma coisa e que suas forças naturais se esgotem, para poder agir na sua vida e através dela.
2ª ATITUDE: ANDAR
“Portanto, eu, prisioneiro no Senhor, suplico-vos que andeis de modo digno para com o chamado que recebestes, com toda humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros em amor.” (Efésios 4:1-2)
“Pois, no passado éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Assim, andais como filhos da luz.” (Efésios 5:8)
Baseado nestes versículos podemos entender que apesar da vida com Cristo sempre começar no processo de assentar, esse processo nos levará ao andar.
Assentar representa nossa posição em Cristo; o andar em Cristo representa nosso desempenho, dessa posição, aqui na terra.
O andar esta totalmente ligado ao assentar, pois somente aqueles que se assentam com Cristo nas regiões celestiais poderão andar de forma digna como estes versículos nos mostra. Se abandonarmos por um instante nossa posição de descanso em Cristo, cairemos imediatamente e prejudicaremos nosso andar (testemunho) aqui na terra.
3ª ATITUDE: FICAR FIRMES
“Concluindo, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder! Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo.” (Efésios 6:10-11)
Depois de estarmos assentados com Cristo nos lugares celestiais e acima de todo o principado e potestades; depois de aprender a andar condignamente em Cristo aqui na terra, precisaremos aprender como resistir e ficarmos firmes diante do inimigo.
Fala-se muito em guerra espiritual, em estratégias espirituais (isto tem seu valor) para vencer o inimigo, todavia não podemos entrar numa guerra espiritual sem primeiro estar numa posição espiritual, ou seja, descansando em Cristo e naquilo que Ele já conquistou por e para nós.
A expressão “ficar firmes” implica que o território disputado pelo inimigo é um território que pertence à Deus, pois este território foi reconquistado na cruz através de Cristo.
Você entende que esta conquista não tem a ver conosco  e sim com a obra já realizada na cruz? A Igreja foi estabelecida neste território para tomar posse por fé daquilo que já foi conquistado.
A Bíblia diz que o diabo vem para roubar, matar e destruir. O que o diabo quer roubar na verdade? Quer roubar nossa posição de autoridade e de segurança que fomos colocados com Cristo (gratuitamente e sem merecimento).
Queridos, a grande guerra em que estamos envolvidos é por uma posição; enquanto estivermos nesta posição (assentados) seremos mais que vencedores, pois estaremos firmes apesar das lutas, circunstâncias ou qualquer outra coisa que venha tentar nos derrotar.
Se não tivermos revelação desta posição que fomos colocados em Cristo, e, que, por isso, e só por isso, conseguimos andar em Cristo; nunca ficaremos firmes diante do dia mal e sempre vacilaremos diante deste grande desafio que se chama: VIVER EM CRISTO.

Oswaldo Pinho


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A SIMPLICIDADE DO DEPENDER

Quantas vezes ouvimos alguém dizer: “Eu só queria conhecer toda a vontade de Deus para minha vida!”
Todavia, ao lermos as Escrituras nos deparamos com a seguinte verdade: há poucas pessoas que conheceram antecipadamente ou de maneira completa os planos de Deus para suas vidas. Temos alguns exemplos práticos disso:
Abraão recebeu uma ordem para pegar sua família, suas posses e começar a caminhar.
Tomé (talvez falando em nome dos discípulos) quis saber qual o caminho (a rota, o destino) que ele e seus companheiros deveriam esperar em sua nova jornada. O Senhor Jesus o respondeu simplesmente: “Eu sou o caminho.”
Em outras palavras, esses homens não tiveram nenhuma rota pré estabelecida, nenhum GPS que os daria segurança nessa nova jornada. Eles não sabiam para onde iriam, quando e se voltariam, quais seriam os custos ou recompensas desta jornada. Só sabiam de uma coisa: Deus os mandou ir, Jesus os mandou O seguir; isso era tudo que precisavam saber.
Ainda hoje Deus quer que vivamos assim, por isso Ele nos deu o Espírito Santo para nos orientar em todos os caminhos de nossa jornada.
A orientação do Espírito Santo é para hoje, para este momento; acredite, Deus só nos dará o dia de hoje, pois é tudo do que precisamos.
Precisamos entender que não nos foi prometido um plano de ação, um escopo completo para toda nossa vida; em vez disso Deus nos dá uma promessa poderosa:
“E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro advogado, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque Ele vive convosco e estará dentro de vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.” (João 14:16-18)
Deus quer que sejamos orientados todos os dias e em todas as circunstâncias. A medida que buscamos a revelação e orientação de Deus para o dia de hoje, estamos também nos relacionando com Ele diariamente, e, sendo assim, nos tornamos mais dependentes e íntimos (através do Seu Espírito) da Sua direção e propósito para nossa jornada.
Muitos querem adicionar Jesus em suas vidas e esperam que Jesus os siga aonde quer que eles forem; em vez de seguirem a Jesus. Precisamos urgentemente entender que o relacionamento com Jesus não é levá-lo em todos os nossos caminhos e sim irmos com Ele pelo Seu Caminho.
Paulo definiu bem esta questão: “Se vivemos pelo Espírito, andemos de igual modo sob a direção do Espírito.” (Gálatas 5:25)
Jesus Cristo não morreu para nos seguir. Ele morreu e ressuscitou para que pudéssemos esquecer de todas as demais coisas e o seguíssemos à cruz.
“Então Jesus declarou aos seus discípulos: “Se alguém deseja seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e me acompanhe.” (Mateus 16:24)
Em outra ocasião Jesus também disse: “E aquele que não toma a sua cruz e não me segue, também não é digno de mim.” (Mateus 10:38)
Se realmente cremos nisso e queremos abandonar o antigo caminho (sobre a nossa direção) que vivíamos, então, precisamos desesperadamente do Espírito Santo, pois não conseguiremos viver nesse novo caminho sem a ajuda, sem o controle e a orientação do Espírito Santo que habita em nós.

Oswaldo Pinho



quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A MATURIDADE NOS REVELA A GRAÇA DE DEUS

“Entretanto, Ele me declarou: “A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” Sendo assim, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo repouse sobre mim.” (1 Coríntios 12:9)
Deus ama e usa pessoas frágeis e limitadas como eu e você. Vejamos alguns exemplos Bíblicos desta verdade, além de Paulo que escreveu este texto acima:
Como Pedro que apesar de sua auto confiança e arrogância, descobriu sobre pressão sua total fragilidade em assumir simplesmente que conhecia Aquele que em tempos atrás afirmara nunca abandonar.
Como Tiago que apesar de sua proximidade com o Senhor, não entendeu os Seus princípios, desejando poder e posição em retribuição aos seus serviços.
Como os outros discípulos que apesar de ouvir Jesus falar e ensinar várias vezes sobre o propósito de Sua morte, acharam que o Calvário era o ponto final.
A Bíblia está repleta de homens e mulheres que falharam, tiveram medo, retrocederam, e, que vacilaram em determinados momentos da sua vida.
Estes homens e mulheres conheceram e experimentaram o poder restaurador da Graça de Deus em suas vidas.
Foi esta Graça que restaurou à Pedro e que o fez colocar o Senhor novamente no trono de seu coração.
Foi esta Graça que fez Tiago mudar de um homem ambicioso para um homem que sacrificou sua vida pelo Reino de Deus.
Foi esta Graça que restaurou a confiança dos discípulos num simples encontro na estrada de Emaús.
É essa Graça que com certeza tem nos restaurados a medida que confiamos, obedecemos e nos relacionamos mais intimamente com o Senhor.
Tenho aprendido (com muito custo) que ser um homem maduro (espiritualmente), não é ser um homem sem defeito, que tudo sabe e que tem as respostas e atitudes certas para cada circunstância da vida.
A maturidade me fez reconhecer que tenho limites, falhas e fracassos contabilizados em minha vida, e, que de uma maneira ou de outra preciso aprender a conviver com isso; e, contar com a Graça de Deus para continuar em direção ao Alvo proposto para minha existência.
Quando entendemos isso, abrimos mão de: Reconhecimento, posição, reputação, prestígio ou qualquer outra forma humana e natural para nos preencher, pois chegamos a conclusão que estas coisas são perecíveis e transitórias.
Enfim, a maturidade nos faz olhar e compreender melhor a Graça de Deus, pois aceitamos que Deus conhece nossa nudez, as nossas misérias, muito mais que nós mesmos, portanto, aceitamos quem somos, aceitamos o perdão de Deus e cremos pela Fé que Deus nos aceita não pelo que somos e sim pelo que Ele é.

Oswaldo Pinho



sexta-feira, 13 de novembro de 2015

UMA VIDA COM PROPÓSITO

“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.” (João 12:24)
Hoje acordei meditando sobre este texto e o significado prático em minha vida e baseado nisto gostaria de compartilhar algumas coisas que o Senhor falou ao meu coração:
Em primeiro lugar precisamos entender que o primeiro grão foi o Senhor Jesus, e nós somos os muitos grãos que foram gerados por Ele. Jesus precisou morrer para que através de sua morte e ressurreição, sua vida fosse gerada em nós. Sendo assim, agora somos filhos de Deus e, portanto, temos a mesma natureza de Cristo que foi colocada em nós.
O Senhor Jesus é o grão de trigo que se tornou homem, morreu, e esse único grão quando caiu em terra com sua casca arrebentada (na Cruz) gerou vários outros grãos.
“Pois aquele que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conforme à imagem do seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Romanos 8:29)
Cristo é o molde, a forma, portanto, Deus nos colocou nEle para sermos moldados em sua imagem e semelhança.
Assim vemos que o propósito eterno de Deus revelado em Gênesis se cumpre no Novo Testamento. O próprio Cristo (seu Espírito) foi colocado dentro de nós (no nosso espírito) para que a obra de transformação se desse da maneira correta, sendo, de dentro para fora.
Fomos criados como vasos para conter algo, algo muito precioso (o Espírito Santo de Deus) e assim não precisamos pedir mais nada (amor, paciência, domínio próprio, etc.) pois quando temos a árvore, temos também seus frutos. Todavia, precisamos ser quebrados para podermos expressar tudo aquilo que está em nosso interior.
Na verdade o que tenho entendido é que precisamos desobstruir através do trabalhar do Espírito os canais que liberam esta vida que foi colocada dentro de nós e a isso podemos chamar de “Morte do grão de trigo”.
Para maior entendimento disto gostaria de transcrever aqui algo que li há muito tempo e que tem sido motivo de minhas crises e resoluções:
“Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer.” Que é essa morte? É a ação da temperatura e umidade da terra sobre o grão, que resulta no rompimento da casca. Quando a casca se rompe, o grão cresce. Assim a questão não é se o grão tem vida ou não, e, sim, se a casca se rompeu. Se o que é exterior não for quebrado, o que é interior não pode liberar-se.”
Como escrevi acima, já temos tudo que precisamos, pois temos Cristo, e nEle estão todas as coisas, portanto, o que precisamos agora é que a nossa casca (tão dura) seja quebrada para que a vida preciosa que já está dentro de nós se derrame (como um rio) sobre todos aqueles que estão a nossa volta.
Todos os passos que daremos aqui na terra precisam nos levar para Cruz, pois lá é o lugar onde a casca é quebrada.

Oswaldo Pinho

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

VIVENDO EM VERDADE

Hoje pela manhã enquanto orava com minha esposa, veio uma frase em minha mente: “Não basta conhecer a verdade; não basta ensinar a verdade; é preciso viver em verdade.”
Jesus disse em João 14:6: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.” Muitos conhecem isso como verdade, muitos ensinam isso como verdade, porém, quantos de nós vivemos integralmente nesta verdade? E em que lugar está hoje essa verdade em nossas vidas?
Há uma grande diferença entre acreditar na verdade de Deus e orar pedindo que esta verdade seja totalmente estabelecida em nossas vidas.
A nossa fé não pode ser baseada em circunstâncias ou em qualquer outra coisa aparente, pois toda e qualquer fé só pode ser baseada numa única verdade, e esta verdade é Cristo.
O Senhor Jesus disse que não nos deixaria órfãos (desamparados, abandonados), e, sabendo de nossas limitações nos enviou a própria verdade para habitar dentro de nós.
“E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro advogado, a fim de que esteja para sempre convosco. O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque Ele vive convosco e estará dentro de vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.” (João 14:16-18)
Quando declaramos que desejamos ser cheios do Espírito Santo (verdade), precisamos estar prontos e perguntar a nós mesmos com honestidade: “Será que estamos dispostos a viver essa verdade na integralidade da nossa vida?
O grande problema aqui esta no tipo de vida que isso vai acarretar, pois muitos não querem abrir mão do controle (ou ter a ilusão de que o possui) e continuar (em vão) a manter o domínio (mesmo que aparente) de todas as coisas em sua vida.
Uma pergunta: Se não estamos dispostos genuinamente a viver e ser controlados por essa Verdade; para que então pedir a presença desta Verdade em nossas vidas?
O grande problema do ser humano é entregar totalmente as “Rédeas” de sua vida e se dispor a ser guiado pelo Espírito da Verdade, e assim dizer: “Venha o que vier!”
Precisamos estar totalmente dispostos a abrir mão do nosso controle, da nossa reputação, deixando estas coisas de lado e simplesmente vivermos integralmente em Verdade Bíblica, e assim, poderemos declarar em Verdade: “Jesus é o nosso Caminho, a nossa Verdade e a nossa Vida.”
E por fim, será que estamos dispostos e desejamos viver em verdade, em detrimento ao nosso controle, aos nossos relacionamentos e a aceitação pública?
Oswaldo Pinho



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

ALGUNS PENSAMENTOS SOBRE O ESPÍRITO SANTO DE DEUS

“O nível geral de espiritualidade entre nós é baixo. Temos nos medido por nós mesmos. Temos imitado o mundo, buscando a aceitação popular, inventando deleites para substituir a alegria do Senhor e produzindo um poder barato e sintético para tomar o lugar do Poder do Espírito Santo de Deus.”  A.W.Tozer
A maioria das pessoas frequentam uma igreja pelas seguintes coisas: Um orador carismático, um grupo de louvor talentoso; atrelado a isto, eventos criativos e interessantes. Todavia, isto não significa que o Espírito Santo de Deus esteja operando naquele lugar.
Muitos de nós temos a tendência de nos considerarmos capazes de viver bem (segundo os padrões deste mundo) sem qualquer ajuda do Espírito Santo de Deus. Isso nem sempre acontece de forma individual e solitária, mas tem sido uma característica no meio da igreja.
A maioria das pessoas supõe que as coisas nas quais acreditam estão certas, todavia precisamos verificar, através da Palavra de Deus, a veracidade de todas as coisas que temos visto, ouvido e ensinado.
Quero falar do Espírito Santo, Aquele que Jesus enviou, Aquele que nos capacita para enfrentarmos todas as circunstâncias e dificuldades da vida; Aquele que nos ajudará a decidir e escolher todas as coisas na hora certa e de maneira certa.
“E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro advogado, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque Ele vive convosco e estará dentro de vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.” (João 14:16-18)
Precisamos reavaliar com urgência nosso conceito do que é realmente ser o templo, a morada, do Espírito Santo de Deus. O que é ter o Espírito dAquele que ressuscitou dentro os mortos e hoje está vivo (através do Seu Espírito) dentro de nós.
“Para que a justa exigência da Lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a natureza carnal, mas segundo o Espírito. Os que vivem segundo a carne têm a mente voltada para as vontades da natureza carnal, entretanto, os que vivem de acordo com o Espírito, têm a mente orientada para satisfazer o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morta, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz. Porque a mentalidade da carne é inimiga de Deus, pois não se submete à Lei de Deus, nem consegue fazê-lo. Os que vivem na carne não podem agradar a Deus. Vós, contudo, não estais debaixo do domínio da carne, mas do Espírito, se é que de fato o Espírito de Deus habita em vós. Todavia, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. Porém, se Cristo está em vós, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que ressuscitou dos mortos a Jesus habita em vós, aquele que ressuscitou dos mortos a Cristo Jesus igualmente vos dará vida a seus corpos mortais, por intermédio do seu Espírito que habita em vós.” (Romanos 8:4-11)
“Ou ainda não entendeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes de parte de Deus, o que não pertenceis a vós mesmos? Pois fostes comprados por alto preço; portanto, glorificai a Deus no vosso próprio corpo.” (1 Coríntios 6:19-20)
“O que é nascido da carne é carne; mas o que nasce do Espírito é espírito. Não te surpreendas pelo fato de Eu te haver dito: “deveis nascer de novo”. O vento sopra onde quer, você escuta o seu som, mas não sabe de onde vem, nem para onde vai; assim ocorre com todos os nascidos do Espírito.” (João 3:6-8)
Está será a realidade para todos aqueles que nasceram de novo, são totalmente guiados e controlados pelo Espírito de Deus. Acordam pela manhã e não sabem o que o Espírito fará nele e através dele, onde o levará cada vez que convidar ao Espírito de Deus a controlar sua vida por completo.
E por fim, temos que buscar a manifestação do Espírito Santo, sem contudo, abrirmos mão de expressarmos o fruto deste Mesmo Espírito.
Oswaldo Pinho


terça-feira, 3 de novembro de 2015

ANSIEDADE

“Por isso lhes digo: Não andem ansiosos pela sua vida, quanto ao que hão de comer ou beber: nem pelo seu corpo quanto ao que hão de vestir. Não é a vida maias do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes? Observem as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo seu Pai Celeste as sustenta. Porventura, não valem vocês mais do que as aves? Qual de vocês, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado no curso de sua vida? E por que andam ansiosos pelo vestuário? Considerem como crescem os lírios dos campos: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, lhes afirmo que nem Salomão, em toda sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vocês outros, seres humanos de pequena fé? Portanto não se inquietem, dizendo: que comeremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois seu Pai Celeste sabe que vocês necessitam de todas elas; busquem, pois, em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se inquietem com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mateus 6:25-34)
As vezes de uma maneira sútil, em outras vezes de uma maneira progressiva e ainda em outras vezes de uma maneira repentina, somos apanhados pela “rede” da Ansiedade, e nos vemos totalmente enredados por este sentimento que temos tanta dificuldade em lidar. Sabendo deste conflito (mais um) na vida do ser humano, Jesus nos dá (mais uma) a forma correta em lidarmos com este sentimento.
Em primeiro lugar fui ter com o dicionário para achar o sentido desta palavra em nossa língua (Ansiedade: Estado de perturbação psicológica, causado pela percepção de um perigo ou pela iminência de um acontecimento, desejo ardente, impaciência).
Logo depois fui à Palavra de Deus para achar a verdadeira resposta para esta questão: sendo assim, baseado no texto acima (que acredito por si só é esclarecedor) quero destacar alguns pontos daquilo que Deus me falou:
Você já percebeu que a Ansiedade esta sempre voltada para o futuro? É justamente a tentativa de garantir e controlar o amanhã que torna tão desassossegado o dia de hoje.
De maneira infantil tentamos garantir aquilo que não temos garantia, controlar aquilo que não temos controle, definir aquilo que não têm definição.
O que Jesus nos propõe neste texto é uma vida de tranquilidade e segurança, pois sossegada realmente está a pessoa que confia o amanhã inteiramente nas mãos de Deus, e, assim, recebe graciosamente o dia de hoje. Isso não é uma forma sábia de vida, nem uma lei que devemos seguir e entender. Isso é o Evangelho de Jesus Cristo.
Então, façamos aquilo que nos cabe fazer; descansemos naquilo que não conseguimos fazer e finalmente acreditemos que Deus fará o que tem que ser feito na hora certa e de maneira certa, segundo seu propósito, pois só Ele conhecesse as nossas verdadeiras necessidades.
Oswaldo Pinho


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A VIDA DE RESSURREIÇÃO

“Contudo o anjo dirigiu-se às mulheres e lhes anunciou: Não temais vós! Sei que viestes ver a Jesus, que foi crucificado. Mas aqui Ele não está. Foi ressuscitado, como havia dito. Vinde e vede vós onde Ele jazia. Ide caminhando depressa e anunciai aos seus discípulos: Ele ressuscitou dentre os mortos e está seguindo adiante de vós rumo a Galiléia. Lá o vereis. Atentai para o que vos disse!” (Mateus 28:5-7)
O maior poder do universo é o poder da ressurreição, e, este poder só esta em Cristo. Cristo foi o único a vencer a morte, e, através desta vitória Ele pode nos dar uma nova vida gerada nEle.
Paulo falou que não vivia mais ele (a velha criatura), mas Cristo vivia nele (se tornou nova criatura). Este é o grande poder que podemos experimentar através de Cristo, o poder da ressurreição; o poder de nos tornarmos uma nova criatura, tendo uma nova mente e um novo estilo de vida.
Porém, nunca haverá ressurreição onde não houve morte; não podemos conhecer a vitória da ressurreição sem termos primeiro passado pela experiência da crucificação em nossas vidas.
Durante a existência de Jesus aqui na terra Ele enfrentou e venceu; a humilhação, o preconceito, a difamação, as dores, as enfermidades. Jesus não só morreu numa cruz, Ele decidiu em obediência ao Seu Pai, viver uma vida de cruz, uma vida onde sua carne, sua vontade, seu ego, seus direitos, eram mortos todos os dias.
No Calvário Jesus concluiu toda a sua obra aqui na terra, e sendo assim, pode dizer: “ESTÁ CONSUMADO”. Precisamos entender que só tem valor para Deus aquilo que é gerado no Espírito Santo e é consumado na cruz.
Podemos ter alguma medida de amor, bondade, paciência, eta. Porém tudo que não tiver origem em Deus e não tiver passado pela cruz, sempre terá um prazo de validade. Pois, somente o que é gerado em Deus e consumado na cruz é eterno.
Todas as vezes que tentarmos fazer algo em nossa força humana nos cansaremos e nos frustraremos. Por isso, enquanto esteve por aqui Jesus nos deu o exemplo prático deste tipo de vida e nos exortou a vivê-la também.
“E disse: É necessário que o Filho do homem sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, seja morto e ressuscite no terceiro dia. Jesus dizia a todos: “ Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.” (Lucas 9:22-23)
Oswaldo Pinho


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

DISCERNINDO O CORPO

 “Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros.” (Romanos 12:4-5)
Entre as definições da Igreja a de um corpo é certamente a mais fácil de entendermos. A principal característica de um corpo é a união dos membros expressando a vida desse corpo.
Qualquer parte deste corpo desvinculada e sem o sangue (vida) circulando entre eles, será somente uma peça sem vida.
Muitas das vezes é isso que acontece no meio da Igreja, um amontoado de membros totalmente desvinculados uns dos outros e agindo de forma individual e defendendo seus próprios interesses e propósitos.
Para sermos um corpo e expressarmos a vida desse corpo, precisamos estar vinculados uns aos outros para que o sangue da vida de Deus circule entre nós.
Neste texto Paulo deixa claro que no corpo todos os membros são úteis e importantes; enquanto não entendermos isto prejudicaremos o funcionamento deste corpo e deixaremos de expressá-lo de forma plena.
A vontade de Deus é que todos os membros estejam funcionando de forma plena e segundo o dom que lhe foi concedido; e que não haja nenhum monopólio, mas participação e variedade.
O corpo (a Igreja) existe para expressar Cristo, e com certeza um único membro jamais irá expressar todo o corpo.
“Para que agora a multiforme sabedoria de Deus seja manifestada, por meio da Igreja, aos principados e potestades nas regiões celestiais, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Efésios 3:10-11)
Esta manifestação não acontecerá através de gente superdotada, com grandes capacidades e treinamento, acontecerá através de gente simples, que entendeu e reconheceu suas falhas e fraquezas, mas confiaram plenamente nAquele que é maior do que eles.
O Senhor concedeu algo a cada um, um dom específico que deverá ser exercido para abençoar e edificar todo o corpo, porém quando um membro deixa de funcionar, todos perdem o que o Senhor queria ministrar através dele.

Oswaldo Pinho

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

A ESSÊNCIA DO CRISTIANISMO

“Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria o mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.” (João 13:1)
Jesus não construiu prédios, não escreveu livros, não focou no crescimento do seu ministério pessoal; Jesus só fez uma coisa enquanto esteve aqui na terra. Amou e Investiu em pessoas. Portanto, esse também é o nosso chamado: Amar e Investir em pessoas.
Na verdade a maior dificuldade em fazermos isso é que temos dificuldade em fazer alguma coisa onde não vamos ganhar nada (por mais sútil que isso seja). Porém, não podemos esperar lucro nesse tipo de investimento.
Investir é acreditar nas pessoas, é promover as pessoas, é ajudá-las a ver, entender e cumprir os sonhos e projetos de Deus para sua vida.
Amar é investir primeiro no outro, é abrir mão, é negar o Ego. Paulo em sua carta aos Coríntios nos explica com mais detalhe esse tipo de amor:
“O amor é PACIENTE, o amor é BENIGNO, não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo SOFRE, tudo CRÊ, tudo ESPERA, tudo SUPORTA.” (1 Co. 13:4-7)
O AMOR É PACIENTE:
Paciência é a qualidade de quem suporta problemas ou incômodos sem queixas nem revoltas; é a qualidade de quem espera com calma o que esta demorando.
O AMOR É BENIGNO:
Benigno é aquele que sempre supõe o melhor a respeito do outro; supõe que aquilo que a pessoa fez ou pensou foi com a intenção de dar ou fazer o melhor.
O AMOR TUDO SOFRE:
Precisamos entender que agora (depois de conhecer à Cristo) não temos mais uma vida isolada, agora temos uma vida compartilhada. Quando estávamos sozinhos nos preocupávamos somente conosco, porém, quando entendemos que fazemos parte de só corpo, entendemos também que agora sofremos a nossa dor, mas também sofremos a dor do outro. Tudo o que dói nele em certa medida dói em mim também. Tudo que diz respeito a ele diz respeito a mim.
O AMOR TUDO CRÊ:
O amor acredita quando o outro diz: “Nunca mais farei isto”, pois é capaz de perdoar e acreditar no arrependimento gerado por Deus. O amor acredita quando todos desacreditam.
O AMOR TUDO ESPERA:
Esperança é o ato de esperar o que se deseja, portanto, o amor sempre espera o melhor da outra pessoa; o amor sempre terá boa expectativa sobre o amanhã.
O AMOR TUDO SUPORTA:
A palavra suporte quer dizer literalmente: Ter sobre si, ser base, sustentar o peso, aguentar e tolerar.
Há dias que precisaremos de uma “muleta”, de uma “escora” e haverá dias em que seremos “muleta” ou “escora” para alguém. Isso é o corpo em perfeito funcionamento.
O amor sempre irá suportar o peso das diferenças, dos comportamentos, de hábitos ou costumes. Suportará os feridos e carentes da alma, os complexados e traumatizados, pois compreenderá que tudo que diz respeito ao outro diz respeito a nós também.

Estou aqui escrevendo estas linhas porque tive pessoas que apesar de mim mesmo, acreditaram em meu potencial e sonhos, e, principalmente conseguiram enxergar (em muita das vezes sem eu mesmo enxergar) o propósito de Deus para minha vida. Sendo assim, me amaram e investiram nisso. Hoje sou fruto dos investimentos feitos em minha vida.

Oswaldo Pinho

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

MUDANÇA DO CORAÇÃO É UMA QUESTÃO DE MORTE

“Porque enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9)
Nosso coração é tão enganoso que muitas vezes ele tem sido o nosso maior inimigo, pois frequentemente somos enganados e iludidos através de bons motivos e boas intenções.
Todavia, sempre que nossas atitudes ou decisões estiverem indo de encontro a vontade de Deus e procurando de alguma forma nossos próprios direitos e interesses. Isso é engano!
Precisamos entender que nunca poderemos ser mudados, se na verdade a nossa natureza não for mudada; e esta mudança não pode ser feita através da nossa própria força, da nossa prática religiosa.
Portanto, a grande obra do Espírito Santo em nossos corações não é nos consertar (por em bom estado o que estava estragado ou avariado; reparar). Jesus declarou: “Ninguém coloca remendo novo em roupa velha; porque o remendo força o tecido da roupa e o rasgo aumenta. Nem se põe vinho novo em odres velhos; se o fizer, os odres rebentarão, o vinho derramará e os odres se estragarão. Mas, põe-se vinho novo em odres novos, e assim ambos ficam conservados.” (Mateus 9:16-17).
A obra do Espírito Santo em nossas vidas não é parcial, pois esta relacionada com mudança de natureza, e, sendo assim, creio que o Senhor não quer somente mudar algumas coisas em nossas vidas, Ele quer fazer uma obra completa em nós. Portanto, se me permite dizer, creio que Deus não quer nos mudar, Ele quer nos matar.
Paulo entendeu bem este propósito quando declarou em Gálatas 2: 19-20): “Pois, por intermédio da Lei eu morri para a própria Lei, com o propósito de viver tão somente para Deus. Fui crucificado juntamente com Cristo. E, desse modo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa nova vida que agora vivo no corpo, vivo-a exclusivamente pela fé no Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim.”
Essa morte tem a ver com o processo do nosso relacionamento com Deus, pois toda e qualquer tentativa de fazermos isso através de nossa própria força e de práticas religiosas será na verdade uma obra de nossa carne e de nossa justiça própria. A isso podemos chamar de suicídio que é na verdade uma tentativa do homem em resolver aquilo que ele não consegue ver solução.
João Batista conseguiu ter a completa revelação desta morte em Cristo, pois ele não disse: “Convém que eu diminua para que Ele cresça”. Disse: “Convém que Ele cresça e que eu diminua.” (João 3:30). Em outras palavras: Quanto mais vida de Deus tiver em mim, menos vida própria eu terei.
Morrer com Cristo não é o fim e sim o começo, uma nova chance. E, essa é a maior demonstração do amor e da graça de Deus.
“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram, eis que tudo se fez novo! Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por intermédio de Cristo e no outorgou o ministério da reconciliação. Pois Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não levando em conta as transgreções dos seres humanos, e nos encarregou da mensagem da reconciliação.” (2 Coríntios 5:16-19)


Oswaldo Pinho

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

COMUNHÃO É UMA QUESTÃO DE NATUREZA

"Perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações." (Atos 2:42)
Perseverar é "continuar fazendo" independente de todas as circunstâncias e resistências.
Precisamos entender que aquilo que nos une como família não é vivermos debaixo do mesmo teto, partilharmos dos mesmos gostos e costumes, termos o mesmo modo de falar ou de vestir, "cultuarmos" no mesmo local e da mesma maneira.
Pertencemos a mesma família porque compartilhamos a mesma vida que vem de Cristo, temos a mesma herança genética (espiritual), somos filhos do mesmo Pai, portanto temos a mesma natureza.
Um cão dificilmente terá comunhão com um gato, nem um rato com um elefante, pois possuem natureza diferente. Então, podemos concluir que a base da nossa comunhão uns com os outros é uma questão de natureza, logo isto tem que ser natural entre nós.
Na comunhão e através dos relacionamentos é que experimentamos o fluir da vida de Deus e somos edificados através deste fluir no corpo.
Com certeza haverá ocasiões em que precisaremos ser exortados, corrigidos, motivados ou encorajados, algumas vezes precisaremos ser carregados e com certeza em várias vezes perdoados.
A comunhão em Cristo na verdade é uma proteção espiritual, pois ninguém por mais forte que possa ser, conseguirá vencer suas batalhas sozinhos.
Como é importante saber que existe alguém em nossa retaguarda, alguém que está disposto a nos ajudar  em nossas lutas e fraquezas.
"Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor recompensa de seu trabalho. Pois, se um cair, o outro levantará seu companheiro. Mas pobre do que estiver só e cair, pois não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, ficarão aquecidos; mas como um só poderá aquecer-se? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se; e o cordão de três dobras não se rompe facilmente." (Eclesiastes 4:9-12)
O mundo somente conseguirá ver Jesus através de Sua Igreja, quando vivermos uma vida de comunhão e unidade. A comunhão da Igreja é a forma mais poderosa de expressarmos o amor de Deus ao mundo.
"Para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em mim e Eu em Ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste." (João 17:21)

Oswaldo Pinho

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

EXISTE UMA PORTA E UM CAMINHO

"Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que levará à perdição, e muitos são os que entram por esse caminho. Porque estreita é a porta e difícil o caminho que conduzem à vida, apenas uns poucos encontraram esse caminho." (Mateus 7:13-14)
A vida cristã (ou o nome que você queira dar) não é feita de fórmulas, regras, conceitos ou estratégias humanas. A trajetória da vida em Cristo deverá ser estabelecida por princípios contidos na Palavra de Deus.
Através dos versículos acima podemos ver com clareza dois destes princípios que vão nortear nossa vida.
Em primeiro lugar a Palavra diz que a Porta é estreita, isto significa que para entrarmos por esta Porta precisaremos nos ajustar à esta porta.
Por outro lado, além de uma experiência de mudança precisamos também de trilhar um Caminho de mudanças, pois o Caminho é estreito e difícil.
Muitos imaginam que a experiência da Porta é a grande e definitiva experiência que os levará ao propósito de Deus para suas vidas, porém precisamos entender que a Porta é a entrada para o Caminho (processo) que nos levará ao propósito.
É no Caminho, que através do Espírito Santo, Deus nos muda dia a dia. Esta mudança é progressiva e a medida que permitimos e somos maleáveis Deus faz a obra em nós.
Se você já entrou pela porta, agora é tempo de permitir que o Espírito Santo o conduza neste caminho (apesar de doloroso em algumas vezes) que nos leva ao propósito eterno de Deus.
Através de algumas declarações de Jesus poderemos entender melhor tudo isto:

"Eu sou a porta. Qualquer pessoa que entrar por mim, será salva. Entrará e sairá; e encontrará pastagem." (João 10:9)

"Assegurou-lhes Jesus: "Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim." (João 14:6)

Oswaldo Pinho

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

CADA ÁRVORE É CONHECIDA PELO SEU FRUTO

"Não existe árvore boa produzindo mau fruto; nem inversamente, uma árvore má produzindo bom fruto. Pois cada árvore é conhecida pelos seus próprios frutos. Não é possível colher-se figos de espinheiros, nem tampouco, uvas de ervas daninhas. Uma pessoa boa produz do bom tesouro do seu coração o bem, assim como a pessoa má, produz do mal que está em seu íntimo, pois a boca fala do que esta repleto o coração." (Lucas 6:43-45)
Jesus neste provérbio faz a separação da "árvore boa" e da "árvore má". Estas duas árvores produzem respectivamente dois tipos de fruto diferentes.
Jesus aqui nos ensina como reconhecermos uma pessoa e nos mostra que não é por aquilo que ela aparenta ser, e sim, por aquilo que ela realmente e´.
Somos tentado em todo tempo a julgarmos pelo exterior, este tem sido um erro comum mesmo para os filhos de Deus.
Muitos hoje se preocupam mais com o tamanho e aparência da "árvore" do que com a qualidade e procedência dos seus frutos.
Estamos sempre definindo as pessoas, os ministérios ou qualquer tipo de "obra",  pelas conquistas e resultados aparentes. Porém no texto abaixo Jesus define que todas as coisas serão desmascaradas no fim das contas.
"Nem todo aquele que diz a mim: "Senhor, Senhor!" Entrará no Reino dos Céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos dirão a mim naquele dia: "Senhor, Senhor!" Não temos nós profetizado em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? E, em teu nome, não realizamos muitos milagres? Então lhes declararei: Nunca os conhece. Afastai-vos de minha presença, vós que praticais o mal." (Mateus 7:21-23)
Não importa se aquilo que você faz esta recheado de: "boas intenções", piedade, boa religião, e, em nome de Jesus; tudo isso pode ser rejeitado, pois o fruto é qualificado por sua origem e não por sua aparência.
"Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom, ou a árvore má e o seu fruto mau; pois uma árvore é conhecida pelo seu fruto. Raça de víboras! Como podeis falar coisas boas sendo maus? Pois a boca fala do que está cheio o coração. Uma boa pessoa tira do seu bom tesouro coisas boas; mas pessoa má, tira do seu tesouro mau, coisas más. Por isso, vos afirmo que de toda a palavra fútil que as pessoas disserem, dela deverão prestar conta no Dia do Juízo. Porque pelas tuas palavras serás absolvido e pelas tuas palavras serás condenado!" (Mateus 12:33-37)
Se lermos com cuidado este texto acima veremos que aqui acaba todo o conceito de que os frutos que Jesus menciona nestas parábolas falam de: quantidade de membros (ou o nome que você queira chamar), tamanho de ministério ou de influência.
Fica claro que Jesus estava falando de nossas escolhas, nossas atitudes, do fruto de um caráter transformado e tratado pelo processo da caminhada com Ele, pois o fruto sempre será o resultado da natureza específica da árvore.
Todavia, só conseguiremos dar frutos e bons frutos quando estivermos (como ramos) totalmente ligados na verdadeira "Boa Árvore".
"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, Ele retira; e todo que dá fruto, Ele limpa, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais limpos, pela Palavra que Eu vos tenho transmitido, permanecei em mim, e Eu permanecerei em vós. Nenhum ramo pode produzir fruto por si mesmo, se não estiver ligado à videira. Vós igualmente não podeis dar fruto por vós mesmos, se não permanecerdes unidos a mim." (João 15:1-4)

Oswaldo Pinho

terça-feira, 13 de outubro de 2015

SENTIDO DA VIDA

"Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que cheguem os dias difíceis e se aproximem os dias da velhice em que dirás: "Não tenho mais satisfação em meus dias!" Antes que a luz do sol, da lua e das estrelas percam o brilho aos teus olhos, e penses que as nuvens carregadas de chuva jamais se afastarão de ti; quando os guardas da casa caminharem trêmulos, e os homens fortes andarem encurvados: quando cessar o trabalho diário dos moedores, por já serem poucos, e os que olham pelas janelas enxergarem apenas sombras e figuras turvas; quando as portas da rua se fecharem; quando o ruído do moinho diminuir muito e te despertares com o simples canto dos pássaros; mas o som de todas as canções te parecer fraco e distante; quando temeres a altura e te aterrorizares com os perigos das ruas; quando florir a amendoeira, o gafanhoto se transformar em um grande peso e perderes o gosto por quase tudo. Então é tempo de o ser humano se recolher à sua morada eterna, e os pranteadores caminharem pelas ruas chorando a tua partida. Sim, com certeza, lembra-te de Deus, antes que se rompa o cordão de prata, ou se quebre a taça de ouro; antes que o cântaro se despedace junto à fonte, a roda se quebre junto ao poço; o pó retorne à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o concedeu. "Que absurdo! Que futilidade! Tudo é ilusão, vaidade!" exclama o sábio. E finaliza: "Nada faz sentido! Tudo é inútil." (Eclesiastes 12:1-8)

"Agora que já se disse tudo, eis aqui a conclusão a que chegamos: ama reverentemente a Deus e obedece aos seus mandamentos; porquanto foi para isso que fomos criados. Porque Deus conduzirá a Juízo tudo quanto foi realizado e até mesmo o que ainda está escondido; quer seja bem, quer seja mal. (Eclesiastes 12:13-14)

Salomão no final de sua vida fez uma análise de suas experiências e chegou a uma conclusão sobre o verdadeiro sentido da vida.
Salomão chegou a conclusão de que tudo que tentou, testou ou procurou era sem sentido. Esta conclusão não foi de qualquer um e sim de alguém que teve "tudo".
Muitas vezes nos sentimos desapontados, vazios e desiludidos; não conseguimos entender o sentido de nossos dias e temos o mesmo sentimento do sábio: estamos correndo atrás do vento (experiências naturais e deste mundo)
Estas experiências inicialmente são maravilhosas, nos dão uma sensação de prazer, realização e felicidade. Porém, quando olhamos para o resultado disto tudo, quando olhamos para o nosso interior, a única coisa que percebemos é uma vida oca e vazia, uma vida sem sentido.
O verdadeiro sentido de nossas vidas não está naquilo que realizamos de forma natural e sim no cumprimento do propósito de Deus para cada um de nós.
Creio que existem duas revelações que podem nos ajudar a compreender um pouco o sentido de nossa existência aqui neste mundo.
1ª Revelação: Somos Peregrinos e Forasteiros neste mundo
"Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma." (1 Pedro 2:11)
Abraão entendeu bem isso quando deixou a única terra que ele conhecia. Não sabia onde estava indo, todavia sabia o que estava procurando. "Ele esperava a cidade que tem fundamentos (base, alicerce, motivo, razão)" (Hebreus 11:9-10)
A revelação que existe uma morada, uma cidade que nos espera, será, como foi para Abraão, nossa âncora, nosso alvo a perseguir. Este é o entendimento que dá sentido para várias coisas que passamos neste tempo de peregrinação. Porém, este entendimento só virá pela fé, pois esta cidade não é deste mundo e a fé é a porta que Deus providenciou para entrarmos nesta cidade.
Abraão (como nós) não estava perdido, ele sabia o que procurava. Ele procurava uma cidade onde não seria peregrino e nem forasteiro.
2ª Revelação: Qual o propósito (missão) de Deus para nós neste tempo de peregrinação
João Batista é um modelo para nossa passagem por este mundo, o foco de toda vida e missão dele era revelar (apontar) para o Cordeiro de Deus.
Como João Batista temos que entender claramente nossa missão neste tempo de peregrinação aqui neste mundo e esta missão é: através da nossa vida (que é o nosso testemunho) apontar para o Cordeiro de Deus.
Não precisamos de grandes argumentos teológicos, e nem de grandes conhecimentos bíblicos para cumprir nossa missão neste mundo; precisamos simplesmente apontar através de nossas atitudes, motivações e estilo de vida para o Cordeiro de Deus.
"No dia seguinte, João estava outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, observando que Jesus passava, disse: "Eis o Cordeiro de Deus." (João 1:35-36)
Quando levarmos as pessoas a Jesus e não apenas à "igreja" ou a uma doutrina, estaremos cumprindo o propósito de nosso chamado.
E, quando temos a revelação deste propósito para nossa existência, temos também alegria e contentamento, pois entendemos que: Todas as coisas irão cooperar para o cumprimento deste propósito.

Oswaldo Pinho

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

BABEL OU PENTECOSTES

Você já reparou que em Babel Deus separou os homens para que eles não falassem a mesma língua. Ali Deus confundiu a língua dos homens, pois não queria que o homem conseguisse a “Unidade” por sua própria força e razão.
Em Pentecostes Deus reúne os homens e através do Seu Espírito permite que os homens se entendam através deste Espírito. Aqui Deus ensina a verdadeira Unidade construída pela base certa.
A grande diferença entre Babel (Árvore do Conhecimento) e a Igreja (Árvore da Vida) é que na primeira vemos o homem como centro e na segunda vemos Cristo como centro. Na primeira vemos o homem agindo e na segunda vemos o homem deixando o Espírito Santo agir. Na primeira vemos o homem tentando edificar segundo seus propósitos e na segunda vemos Deus liberando Seu propósito para que o homem possa agir.
O homem tem tentado criar formas e fórmulas para trazer a unidade através das obras de sua mão. Por mais bem-intencionado que o homem seja, nenhuma forma humana de trazer o entendimento e a unidade entre os homens trará qualquer tipo de resultado, pois a verdadeira e real forma de unidade só pode ser alcançada em Cristo e para Cristo.
“Para que todos sejam um como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:21)
A igreja que o homem tem tentado edificar através da obra de suas mãos tem estado em constante confusão de línguas (entendimento). Todavia, a Igreja que o Senhor está edificando através da Obra do Espírito agindo em liberdade no homem, irá se manifestar ao mundo através da sua unidade.
Esta unidade não será baseada em alianças e acordos humanos, ela será baseada em Cristo (a Rocha), Aquele que mantém todas as coisas unidas através do Seu Espírito.
A unidade feita baseada na obra do homem sempre será uma outra forma de construir e perpetuar a Torre de Babel.

Creia, que nenhuma obra, por mais sincera e com boas intenções que seja, conseguirá realizar aquilo que é Obra exclusiva do Espírito Santo de Deus.

Oswaldo Pinho

terça-feira, 6 de outubro de 2015

EDIFICANDO PELA ÁRVORE ERRADA

Algumas coisas que estão escritas aqui foram transcritas do livro de Rick Joyner sobre este tema. Fiz de algumas palavras dele as minhas palavras acreditando plenamente nelas. 
Deixo claro mais uma vez que o meu propósito neste espaço é compartilhar coisas que Deus tem falado ao meu coração (através daquilo que leio, escuto e medito).


“No mundo todo havia apenas uma língua, um só modo de falar, saindo os homens do Oriente, encontraram uma planície em Linear e ali se fixaram. Disseram uns aos outros: “Vamos fazer tijolos e queimá-los bem.” Usavam tijolos em lugar de pedras, e piche em vez de argamassa. Depois disseram: “Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra. (Gn. 11:1-4)
O Senhor nos criou por prazer, para nos relacionarmos com Ele e cultuá-lo. Todavia, o fruto da Árvore do Conhecimento nos tornou quase completamente voltados para nós mesmos. Sendo assim, agora o único intento do ser humano é de servir a si mesmo, um esforço que inevitavelmente resulta em grande frustração e confusão.
Tão ridícula quanto parece a tentativa de construir uma torre para o céu, é a necessidade que o homem tem até hoje de completar essa obra. O homem até hoje está envolvido com algum tipo de “torre” que irá perpetuar o seu nome, o seu trabalho, etc.
Precisamos entender que tudo que for motivado por qualquer tipo de ambição egoísta, terá o mesmo fim da torre original.
Infelizmente a maior parte da igreja visível é uma outra forma da torre original, uma tentativa do homem de alcançar os céus por suas próprias obras.
Não importa quão boas, piedosas e espirituais pareçam nossas obras, toda e qualquer obra que representa a tentativa de reunir o homem em torno de qualquer coisa que não seja o Senhor Jesus tem uma origem na natureza carnal do homem.
Não importa se é um prédio, um projeto, evangelismo ou qualquer outra forma de verdade espiritual, se isto é somente uma tentativa de reunir os homens e perpetuar as suas obras, isto resultará em confusão e frustração.
Ser cristão não é somente entender certas doutrinas e princípios espirituais, é ter a nossa vida em Cristo. Sendo assim, se toda a verdade que vivemos e aplicamos a outros tiver a origem na única verdade (Cristo), está verdade alcançou seu propósito. Todavia, se esta verdade é baseada em nossas doutrinas, visões, formatos ou está contaminada por nosso conhecimento do bem e do mal, ela é morta e tem a mesma origem da torre original.
A maioria das denominações se originou com um movimento genuíno do Espírito que comunicou a verdade, uma verdade que levaria a igreja mais perto de Cristo. Porém, muitos em cima desta verdade começaram a construir suas torres, o que resultou em muitas denominações e divisões. Precisamos lembrar que há muitas igrejas “não denominacionais” que são partidárias de “construção de suas próprias torres” quanto qualquer igreja denominacional.
Muitos abandonam fisicamente uma denominação e não conseguem remover todas as barreiras que os separam do Senhor e dos irmãos os quais devemos livremente amar e livremente servir.
A verdadeira unidade não está baseada em doutrina, visão, ou qualquer outra forma criada pelo conhecimento humano. A verdadeira unidade só pode estar fundamentada em Cristo.
“Porque ninguém pode colocar outro fundamento além do que está posto, o qual é Jesus Cristo!” (1 Coríntios 3:11)
Quando entendermos que nenhum de nós pode estar em pé senão pela graça de Deus, entenderemos que sempre que atacarmos ou criticarmos os pecados ou erros dos outros com orgulho de que não somos daquela forma, estaremos perpetuando o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Os homens de Babel, na verdade acreditavam que eles poderiam alcançar o céu pelos seus próprios esforços. “Vamos construir, vamos fazer.”
A serpente tentou a Cristo e ainda tenta ao homem a seguir à sua própria maneira e assim ser independente em toda a obra que está diante dele.
Esta inclinação à independência trouxe morte ao mundo e tem sido sua força perpetuadora.
Esta atitude de ser capaz de alcançar individualmente a perfeição pessoal está presente em toda religião e filosofia do mundo, exceto no verdadeiro cristianismo, nos discípulos de Jesus.
A vitória de Jesus sobre satanás foi alcançada quando: “Não tomou por usurpação o ser igual a Deus.” (Filipenses 2:6), mas humilhou-se a si mesmo, ao invés disso, esperando que o Pai O exaltasse no momento certo.

 Oswaldo Pinho



sexta-feira, 2 de outubro de 2015

AINDA SOBRE AS DUAS ÁRVORES

Quando o homem comeu do fruto proibido ele colocou para dentro de si a semente envenenada deste fruto, sendo assim, o homem ficou sem opção, pois a partir daquele momento sua descendência estaria fadada a perpetuar está semente.
Deus pela sua graça e infinita misericórdia restabeleceu ao homem a opção da escolha. Através de Cristo (a semente da árvore da vida) é dado ao homem a oportunidade de comer do fruto certo e assim ter dentro de si outra semente para contrapor a semente envenenada.
Aqui começa a grande e verdadeira guerra espiritual; as duas sementes estão dentro do homem, e, este é o grande conflito (a escolha e decisão) entre estas duas sementes e isto têm assolado o ser humano até os nossos dias.
"Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam. Mas, se vocês são guiados pelo Espírito (árvore da vida), não estão debaixo da Lei (árvore do conhecimento)." (Gálatas 5:16-18)
Estas sementes sempre estarão  se confrontando dentro de nós para obter a soberania de nossas escolhas e decisões. Como no Éden está em nossas mãos decidirmos a que fruto comer.

Oswaldo Pinho