segunda-feira, 21 de novembro de 2016

EXISTE UM PODER NA VIDA EM COMUM

Estamos preocupados em achar formas e fórmulas de crescimento da Igreja, isto tem deixado alguns ansiosos e com toda “sinceridade e boa vontade” acabam empregando meios baseados em sua força e estratégias.
Em contrapartida vemos que na Igreja primitiva isto acontecia de forma natural e progressiva, através da vida em comum e dos relacionamentos internos e externos (fora da Igreja) que traduzia a vida de Deus que havia sido colocada, através do Espírito, dentro daquelas pessoas simples e que viviam na simplicidade da vida em comum.
Precisamos perceber que a Bíblia fala muito mais sobre comunhão e relacionamento, inclusive entre Cristo e o Pai, do que fala sobre evangelismo.
Na Igreja primitiva as pessoas se relacionavam diariamente entre elas em seus núcleos de amizade e conhecimento, e, através destes relacionamentos eram influenciadas e influenciavam de forma natural, existia uma constante troca de experiencias, e assim, todos eram de alguma forma participantes uns dos outros.
Alguns por medo, por lembranças ruins e traumáticas de relacionamentos frustrantes, por não querer repartir algo que acredita ser só dela (sua vida e intimidade), deixam de experimentar algo precioso, e com certeza assustador, que é a vida em comum.
Quando nos relacionamentos de alguma forma expressamos o que somos e o que temos dentro de nós, e, assim, podemos nos ajudar mutuamente e de forma natural.
Como li recentemente: “nos tornamos uma comunidade sem comunhão”.
Que Deus tenha misericórdia de nós e que de alguma forma abra nossos olhos para enxergarmos como Ele enxerga e assim poderemos ver o que Ele vê, em nós, nas pessoas, e, principalmente em sua Igreja.
E que urgentemente nos voltemos para o exemplo bíblico de relacionamento e comunhão, que com certeza é a forma mais poderosa de evangelismo.
“Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim; para que todos sejam um, como o Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17: 20-21)
Oswaldo Pinho



terça-feira, 6 de setembro de 2016

FAZENDO A OBRA DE DEUS

Deus tem sua obra e essa obra não é sua e nem a minha obra, tampouco é a obra deste ou daquele grupo. A obra de Deus é feita através do próprio Deus.
Quanto mais cedo aprendermos isso, melhor, porque as “obras”, as ideias, os métodos, o zelo, a seriedade, os esforços e as atividades incansáveis do homem não têm qualquer lugar nos planos de Deus.
Entretanto, apesar de sabermos que não podemos fazer a obra de Deus pela nossa força, por outro lado, fomos chamados de Seus co-obreiros.
Como então, podemos fazer a obra de Deus aqui na terra? Em Efésios podemos começar a entender bem está questão:
“Porquanto, Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.” (Efésios 1:4)
“Deus nos ressuscitou em Cristo, e com Ele nos entronizou nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para revelar nas eras vindouras a suprema riqueza de sua graça, por intermédio da sua bondade para conosco em Cristo Jesus.” (Efésios 2:6-7)
Mas, quem, é, então, um co-obreiro de Deus?
Não é alguém que deseja trabalhar para Deus, alguém que vê uma necessidade e deseja atendê-la; não é nem mesmo alguém que conduz pessoas à salvação; antes, é aquele que faz o que Deus lhe designou em Seu eterno propósito, e ele faz apenas isso. Se conseguirmos enxergar aquilo para que fomos conquistados por Cristo, todos nossos labores, todos os nossas obras formais para Ele, serão esmagadas e feitas em pedaços.
O propósito, o alvo e o grande objetivo de Deus em tudo é: Revelar, manifestar Seu Filho, mostrar a riqueza de Sua graça e Sua bondade para conosco, em Cristo Jesus.
Se a obra que temos feito é menos que isso, então, nós não estamos fazendo a obra de Deus e assim não estamos sendo um cooperador de Deus.
Paulo declarou: “Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.”
Não precisamos olhar ao redor e criticar ou julgar os outros, questionando o que está certo ou errado. Não podemos nos incomodar com os outros. Todavia, asseguremo-nos de que nós mesmos estamos prosseguindo “para o alvo” para o prêmio da soberana vocação de Deus para nós em Cristo Jesus.
O que devemos ser então?
Devemos ser simplesmente um grão de trigo que caindo na terra e morrendo produziremos muitos frutos. Pois, tudo que em nós teve origem, tudo mesmo, precisa morrer.
Só podemos servir a Deus com aquilo que é de Deus. Nada a não ser aquilo que procede de Deus pode ser usado no serviço de Deus.
Precisamos estar tão mortos quanto a vara colocada diante do Senhor durante uma noite. Durante uma noite e não por dez minutos. Muitos de nós emergimos muito cedo. Deus nos faz deitar, mas nós deveríamos levantar somente pela manhã. Tal período de morte pode durar meses ou ser até mais longo.
Qual o resultado? Nosso ministério se vai, nossa riqueza espiritual é tirada; tudo o que possuía-mos e nos levava a regozijar-nos, tudo o que conhecíamos e experimentava-mos foi removido; nossa vida de oração e nosso testemunho foi tirado. De fato, tudo parece ser trevas e morte. Entretanto, estamos nas mãos de Deus, deitados diante Dele.
Rejeitamos olhar para dentro de nós mesmos e nos examinar para ver onde estamos, pois tudo o que está dentro de nós é e será sempre trevas. Assim, decidimos simplesmente manter os olhos fitos no Senhor.
Sabemos que a manhã da ressurreição virá, mas retiramos as mãos da obra e deixamos o Senhor realizar Sua Obra perfeita durante toda essa noite de morte para todas as coisas.
Oswaldo Pinho
***Compilado: Watchman Nee


terça-feira, 2 de agosto de 2016

TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE

“Alegro-me grandemente no Senhor, porque finalmente vocês renovaram o seu interesse por mim. De fato, vocês já se interessavam, mas não tinham oportunidade para demonstrá-lo. Não estou dizendo, isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:10-13)

Na maioria das vezes estes versículos são usados fora do seu contexto. Paulo quando escreveu estes versos estava passando por uma série de dificuldades e lutas. Paulo aqui estava tentando ensinar para Igreja o que por muito custo estava aprendendo através das circunstâncias de sua vida.
Paulo falava que aprendeu a ser contente (creio que um coração contente atraí o favor do Senhor) em qualquer circunstância, aprendeu que a alegria e o contentamento não dependiam das circunstâncias, pois estas coisas estavam no Senhor.
Porém, cabe aqui uma pergunta: Como Paulo chegou a este nível de experiência em sua vida?
Deus sempre treinou o seu povo diante de grandes obstáculos e desafios (alguns exemplos: Noé, Abraão, Moisés, Davi, e outros), vemos na Bíblia que estes homens como Paulo puderam experimentar o tipo de vida do "Tudo posso naquele que me fortalece".
Somente quando o Senhor for a nossa força poderemos experimentar como estes homens a vida do "Tudo posso". Isto nunca terá a ver com a nossa força, conhecimento, posição ou qualquer outra coisa humana.
"Tudo posso" é o mesmo que declarar por fé: "Deus isto é grande demais para mim, no entanto sei que a força que não consigo encontrar em mim com certeza encontrarei no Senhor."
Queridos (as), no final dos meus dias quero poder declarar: "Tudo fiz naquele que me fortaleceu".

Oswaldo Pinho


quinta-feira, 14 de julho de 2016

O IRMÃO DO FILHO PRÓDIGO

Hoje acordei pensando em que fazer diante de minhas fraquezas e debilidades, pensando que em alguns momentos me sinto indigno de cumprir o propósito que Deus estabeleceu para minha existência por conta destas coisas, e meditando nisso lembrei-me de algo que li há algum tempo atrás e isto me trouxe a realidade não só da minha vida, mais principalmente de como Deus (O Pai) age diante disto tudo. Senão vejamos:
Todos conhecemos a parábola do filho pródigo. Depois de gastar todo o dinheiro do pai em uma vida dissoluta e mundana, ser abandonado num chiqueiro e comer comida de porcos, o filho pródigo resolve que será melhor ser empregado do seu pai.
Ao voltar para casa o Pai o recebe, não como empregado, mas como um filho que estava perdido e foi encontrado. Faz-lhe uma festa, muda-lhe a roupa e lhe coloca um anel no dedo. Quando o filho mais velho vê toda aquela festa, ele fica muito chateado com o pai.
Deixando um pouco o filho pródigo de lado, vamos nos focar nas afirmações do seu irmão mais velho, afirmações estas que em muitas vezes fazem parte do nosso vocabulário.
“Mas o filho mais velho encheu-se de ira, e negou-se a entrar. Então o pai saiu e insistiu com ele. Porém ele replicou com o pai: “Há tantos anos tenho trabalhado como um escravo para ti sem nunca ter desobedecido a uma só ordem tua. Contudo, tu nunca me ofereceste nem ao menos um cabrito para que pudesse festejar com meus amigos.” (Lucas 15:28-29)
PRIMEIRA AFIRMAÇÃO: “HÁ TANTOS ANOS QUE TE SIRVO”
Aquele jovem como muitos de nós acreditava que agradar ao Pai é uma questão de trabalho, serviço, guardar regras e normas, de sermos perfeitos em nós mesmos.
Aqueles que pensam assim manterão um registro de tudo o que fazem para Deus e para as pessoas. Este tipo de pessoas tem sempre algo para  reivindicar.
O irmão do filho pródigo esperava ter uma festa como aquela, porém, ele achava que deveria fazer algo para merecer isto.
O Pai está sempre disposto a nos dar aquilo que não merecemos, portanto, só precisamos confiar na sua graça.
SEGUNDA AFIRMAÇÃO: “NUNCA DESOBEDECI UMA ORDEM SUA”
A justiça própria daqueles que vivem debaixo de regras, restrições e regulamentos é insuportável.
Quando não conseguimos viver à altura das expectativas destas pessoas, com certeza poderemos esperar críticas, punições e rejeições.
A Bíblia é clara em dizer que é impossível agradar a Deus com nossas obras.
Como o irmão do filho pródigo nunca desfrutamos daquilo que ganhamos como herança simplesmente porque estamos esperando estar qualificados para isso.
TERCEIRA AFIRMAÇÃO: “E NUNCA ME DESTE UM CABRITO SEQUER PARA ALEGRAR-ME COM OS MEUS AMIGOS”
Aquele filho viveu toda sua vida com um desejo oculto não satisfeito. Todos aqueles anos trabalhando e se esforçando para ser um bom filho, e agora aparece o filho ingrato e recebe de graça tudo o que ele sempre quis.
O primeiro filho partiu para só depois perceber o que havia perdido e o segundo filho ficou em casa sem nunca perceber que tudo era seu.
Nós somos filhos e isto é suficiente para termos tudo do Pai. Se em alguns momentos parece haver algumas restrições do Pai é porque Ele nos ama e sabe o que é melhor para nós.
E, portanto, com Paulo, acredite que só precisamos de uma coisa e nada mais. Algo que recebemos não por merecimento e sim pela obra do Senhor Jesus na cruz. A GRAÇA DO PAI.
“Entretanto, Ele me declarou: “A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” Sendo assim, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo repouse sobre mim.” (2 Coríntios 12:9)
Oswaldo Pinho


terça-feira, 28 de junho de 2016

EXISTE UM PROPÓSITO PARA TODAS AS COISAS

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados de acordo com seu propósito.” (Romanos 8:28)
Quando analisamos o curso de nossa vida, vemos que as vezes, nossa vida, nossa caminhada, parece sem sentido, sem propósito, pois não conseguimos entender as questões que nos cercam e que na maioria das vezes nos afligem tanto, a nossa vida nos parece uma verdadeira “loucura”.
Em outros momentos passamos a questionar o significado de tudo e de todos a nossa volta, e assim, começamos a duvidar de tudo e de todos.
Todavia, baseado neste texto acima, creio que há uma resposta para todas as questões de nossa vida. Existe um propósito, uma razão, que está por trás desta “loucura” chamada uma vida com Deus.
Precisamos buscar conhecer o propósito de Deus para nossa existência, e, com certeza, isso nos fará entender o verdadeiro sentido para tantas coisas que não conseguimos entender com nosso entendimento natural.
Aquele que entende, e, tem convicção, que existe um propósito de Deus para estarmos onde estamos, passar pelo que estamos passando, e não ter ou ser aquilo que gostaríamos de ter ou ser. Nunca deixará que conflitos ou circunstâncias da vida sejam motivos suficientes para paralisa-los.
E por fim, você não caiu de paraquedas neste mundo, você foi criado com um propósito único, você faz parte de uma lógica divina, pois existe um motivo específico para sua criação.
Portanto, se você realmente ama ao Senhor e crê que foi criado de acordo com o Seu propósito, então, descanse. Pois, todas as coisas, todas mesmo, irão cooperar para que Deus continue a construir um alicerce em seu caráter, criando assim uma base sólida para o cumprimento deste propósito.
Oswaldo Pinho


quarta-feira, 15 de junho de 2016

A IGREJA DEVE ANDAR NO AMOR E NA VERDADE

“Por causa da verdade que permanece em nós e que estará conosco para sempre: graça, misericórdia e paz da parte de Deus e de Jesus Cristo, seu Filho, estarão convosco em verdade e em amor.” (2 João 1:2-3)
Duas coisas básicas podemos ver na vida, no caráter e no ministério de Jesus: O Amor e A Verdade. Ele não tinha amor para dar de acordo com as circunstâncias a sua volta, Ele era o próprio amor; Ele não tinha uma verdade alternativa para apresentar ao mundo, Ele era a única e a própria verdade.
É interessante percebermos que tanto o amor quanto a verdade caminhavam juntos nas decisões, nas palavras, e, principalmente na vida de Jesus. Jesus nunca deixou de amar através da verdade e nem de falar a verdade através do amor. Pois, o amor sem a verdade pode corromper princípios e adulterar a Palavra de Deus. Por outro lado a verdade sem amor, com certeza irá trazer terríveis danos, como: feridas, mágoas, culpas e principalmente fazer com que a verdade deixe de ser um instrumento do amor de Deus.
Infelizmente vivemos hoje numa cultura onde tudo é relativo, principalmente à verdade, vivemos convencidos que não existe uma verdade absoluta e sim verdades relativas de acordo com o nosso conceito e pré conceito, de acordo com nossa percepção e conhecimento.
Muitas das vezes estamos ecoando aquilo que ouvimos ou aquilo em que acreditamos, todavia como Igreja, precisamos ecoar a Voz de Deus, que é a Sua Palavra. Palavra esta que está repleta de Amor e de Verdade.
A Igreja precisa de fato ser diferente do mundo, precisa falar diferente e principalmente agir diferente. Enfim, precisamos ser uma comunidade que nunca abrirá mão da Verdade que esta expressa na Palavra de Deus, porém em momento algum e nem por motivo algum, deixará de derramar sobre aqueles que esta à sua volta, o Amor, a Graça que está em Cristo Jesus.

Oswaldo Pinho

sexta-feira, 3 de junho de 2016

EXISTE UMA PONTE QUE NOS UNE

Nestes últimos dias tenho meditado sobre os abismos que nos separam; abismos estes que têm feito tanto mal para nós e para nossos irmãos.
Quando olho em minha vida vejo quantos abismos existiram e outros ainda existem diante de mim. Estes abismos, infelizmente, fazem parte da vida de todos nós.
Alguns abismos são naturais, como: o abismo da cultura; o abismo do idioma; o abismo geográfico, etc., porém existem outros abismos, e, com certeza, estes são os piores, que criamos e os aumentamos de quando em quando, como: o abismo da religião; o abismo de nosso estilo de vida; o abismo de nossa posição e doutrina; o abismo de nossos conceitos e pré conceitos; enfim, são tantos os abismos que nos separam que se torna, aos nossos olhos e vontade, quase impossível andarmos em unidade.
Lembro-me de um jogo muito conhecido no Brasil chamado “cabo de guerra”. Este jogo consiste em: através de uma corda tentarmos puxar nosso oponente para o nosso lado, aplicando toda nossa força e disposição.
Infelizmente é isso que temos vivido, um verdadeiro “cabo de guerra”, tentando trazer todos aqueles diferentes para o nosso lado, pois não suportamos lidar com os diferentes e na verdade acreditamos que o nosso lado é o lado correto para todos.
Aplicamos toda nossa força e disposição para provar que a nossa “visão”, nossa “doutrina” e a nossa maneira de fazer as coisas é a melhor maneira, sendo assim, a cada dia alargamos mais e mais o abismo que nos separa.
Queridos, não adianta buscarmos através de fórmulas ou tratados, através de uma uniformidade aparente, vivermos uma vida em comum, pois este tipo de vida não é algo natural e que depende de nossa força. A unidade não é uma escolha pessoal e sim uma escolha de Deus para nós.
A Verdade é que só existe uma forma de transpormos este imenso abismo que nos separa; é colocando uma ponte (um Caminho) imparcial que nos levará até o outro e assim podermos viver esta Vida em unidade apesar de nossas diferenças e questões.
“Assegurou-lhes Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.” (João 14:6ª)
Esta ponte chama-se Cristo Jesus, pois nEle e através dEle podemos ir ao nosso irmão apesar do abismo que nos separa.
É nEle que temos o Caminho livre para nos amarmos, nos aceitarmos e nos suportarmos mutuamente. É nEle que está toda a Verdade que definirá todas as questões. É nEle que está a Vida que fluirá através de nós e acabará com todas as diferenças.
Afinal Cristo é a única base e fundamento para vivermos em unidade.
“Porque ninguém pode colocar outro fundamento além do que está posto, o qual é Jesus Cristo!” (1 Coríntios 3:11)
Oswaldo Pinho



terça-feira, 3 de maio de 2016

SÓ O CORPO PODE EXPRESSAR A CABEÇA

“A intenção dessa graça era que agora, mediante a IGREJA, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos principados e autoridades nas regiões celestiais.” (Efésios 3:10)
Assim como o nosso corpo é a nossa expressão, o corpo de Cristo, a IGREJA, é a Sua expressão e plenitude.
“Também sujeitou tudo o que existe debaixo de seus pés e o designou cabeça sobre absolutamente tudo o que há, e o concedeu à IGREJA, que é o seu corpo, a plenitude daquele que satisfaz tudo quanto existe, em toda e qualquer circunstância.” (Efésios 1:22-23)
De que forma poderemos ser essa expressão plena de Cristo aqui na terra?
1 – QUANDO ENTENDERMOS QUE TODOS OS MEMBROS SÃO IMPRENSCÍNDIVEIS AO BOM FUNCIONAMENTO DO CORPO
Nenhum membro do corpo pode desempenhar a sua função sem os outros membros. Pois, Cristo nunca será expresso em sua plenitude através de um ou de alguns homens de forma solitária.
Se eu cortar minha mão e a colocar separada de meu corpo, ela ainda terá a aparência de mão, todavia não poderá funcionar como mão, pois estará desconectada do resto do meu corpo, ficando assim sem o fluir da vida (através do sangue) que a mantém em funcionamento.
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular desse alicerce. Nele, o edifício inteiro bem ajuntado, cresce para ser um templo santo no Senhor, no qual também vós, juntos, sois edificados para morada de Deus no Espírito.” (Efésios 2:21-22)
2 – QUANDO ENTENDERMOS QUE TODOS NO CORPO TEM UMA FUNÇÃO
A plenitude de um corpo só é expressa com o bom funcionamento de todo esse corpo.
“Longe disso, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo corpo, ajustado, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.” (Efésios 4:16)
3 – QUANDO ENTENDERMOS QUE NO CORPO OS MEMBROS PRECISAM CUIDAR-SE MUTUAMENTE
“De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com eles todos se regozijam.” (1 Coríntios 12:26)
Quando temos essa revelação somos mais cuidadosos com aquilo que fazemos ou falamos, pois o que acontece conosco com certeza irá afetar todo o corpo. Por outro lado, somos mais cuidadosos com o nosso irmão, pois sabemos que o que o afeta irá de alguma forma nos afetar também.
Enfim, independente das anomalias que temos visto e presenciado, independente dos meus conceitos e pré conceitos. É maravilhoso saber que fazemos (pela graça) parte do corpo de Cristo. Isso significa que tudo o que diz respeito a Cristo (o Cabeça) diz respeito a nós também. Onde Cristo (a cabeça) esta todo o corpo também se encontrará; por isso Paulo escreve na carta aos Efésios:
“E nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus.” (Efésios 2:6)

Oswaldo Pinho

terça-feira, 19 de abril de 2016

A GRAÇA SEM LIMITE

Algum tempo atrás lendo um livro de Watchman Nee fui confrontado com minha realidade e com a realidade da graça de Deus. Nesse tempo olhava exclusivamente para quem eu era, para minhas atitudes e escolhas, para meus fracassos e limitações, enfim, para minha verdadeira realidade. Lendo este livro pude, afinal, ter a revelação do caráter de Deus e como Ele lida com as situações de nossa humanidade. Hoje me lembrava desta época (que se repete vezes após vezes), resolvi compartilhar algumas coisas que extraí deste livro para minha vida.
“Agora ide, dizeis aos discípulos dele e a Pedro que Ele está seguindo adiante de vós para a Galiléia. Lá vós o vereis, assim como Ele vos predisse.” (Marcos 16:7)
Este texto do Evangelho de Marcos registra que, após a ressurreição do Senhor, um anjo disse para algumas mulheres que elas fossem contar aos discípulos o que havia acontecido, todavia há aqui um detalhe que mudou a minha forma de enxergar a graça de Deus. O anjo do Senhor destaca o nome de Pedro neste comunicado.
Qual seria o verdadeiro motivo do anjo ter destacado o nome de Pedro? Vamos à história:
Dias antes desse acontecimento, Pedro em sua fraqueza e limitação comete um erro crucial em sua vida, nega o Senhor diante dos homens, erro esse que daria ao Senhor o direito legal de esquecê-lo totalmente e negar sua existência e história diante dos anjos de Deus.
“Digo-vos mais: todo aquele que me confessar diante das pessoas, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. No entanto, o que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus.” (Lucas 12:8-9)
Embora Pedro tenha reconhecido e se arrependido do seu grande erro, com certeza uma grande dúvida pairava sobre sua cabeça: “Provavelmente nunca mais poderei me aproximar do Senhor.”
Talvez Pedro, como nós, ficasse insistindo em olhar somente para suas falhas e isso o levava a esconder-se em sua vergonha.
Pedro, no entanto, havia esquecido que o Senhor não olhava como o homem, pois o homem olha para nossas falhas e nossas limitações, mas o Senhor, como já conhece de antemão todas elas, nunca é surpreendido com nossas atitudes.
Quando o anjo de Deus destaca o nome de Pedro, em outras palavras está dizendo: “Pedro, Eu nunca irei abandoná-lo, independente do que você fez ou de quem você é.”
Sendo assim, o Senhor marca um encontro de reconciliação com Pedro, pois quer demonstrar, não só para Pedro, mas para todos os outros, que a importância de Pedro para Ele não havia mudado em nada.
Fico impressionado com isto: Pedro negou a Jesus diante de todos e o Senhor fez questão de reconcilia-lo diante de todos.
A revelação da Graça sem limite é que nos leva avançar e a suportar a realidade de nossa humanidade. Creio também que esta revelação nos tirará de “nossos esconderijos” e nos levará para um relacionamento sem “véus” ou outra coisa qualquer que nos separa do Senhor.
A Palavra da Graça será especialmente memorável para tantos quantos a receberam.
Oswaldo Pinho



quinta-feira, 7 de abril de 2016

QUESTÃO DE NATUREZA

“Ninguém coloca remendo novo em roupa velha; porque o remendo força o tecido da roupa e o rasgo aumenta. Nem se põe vinho novo em odres velhos; se o fizer, os odres rebentarão. Mas, põe-se vinho novo em odres novos, e assim ambos ficam conservados.” (Mateus 9:16-17)
A obra do Espírito Santo em nossas vidas não pode ser parcial, pois não esta relacionada com uma simples mudança parcial ou superficial de alguns costumes, comportamentos ou estilo de vida. Esta obra é parte de um processo que Deus começou em nossas vidas no dia de nossa salvação.
“E estou plenamente convicto de que aquele que iniciou boa obra em vós, há de concluí-la até o Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1:6)
A grande questão de nossas vidas é uma questão de natureza, de morte e vida. Morte de uma natureza (caída) para o estabelecimento de uma nova natureza. Pois como nos diz o texto inicial não podemos tentar remendar, consertar ou refazer (aproveitando alguns aspectos ou características) daquilo que não tem mais jeito.
Essa morte tem a ver com o processo do nosso relacionamento com Deus, pois toda e qualquer tentativa de fazermos isto através de nossa própria força ou de práticas religiosas será na verdade uma obra de nossa carne e de nossa justiça própria.
Paulo entendendo bem esse processo, declarou em Gálatas 2:19-20: “Pois, por intermédio da lei eu morri para a própria lei, com o propósito de viver tão somente para Deus. Fui crucificado juntamente com Cristo. E, desse modo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa vida que agora vivo no corpo, vivo-a exclusivamente pela fé no Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim.”
Outro exemplo bíblico desse processo da obra do Espírito Santo em nossas vidas e de onde este processo quer nos levar é a vida de João Batista:
João Batista não disse: “Convém que eu diminua para que Ele cresça”. João disse: “Convém que Ele cresça e eu diminua.” (João 3:30)
Em outras palavras: Quanto mais eu permito a Obra do Espírito Santo em minha vida e em consequência disso a vida de Deus vai nesse processo crescendo em mim, e naturalmente (de forma natural) começa diminuir a velha natureza que habita em mim.
Não tenha medo de se deixar levar pelo Espírito Santo de Deus a esse grande e maravilhoso processo (em algumas vezes doloroso) que é a morte do velho “eu” para o surgimento da nova criatura. Sendo assim, creia, o morrer com Cristo não é o fim, é o começo de uma nova chance. E, essa é a maior demonstração do amor e da graça de Deus.
Oswaldo Pinho



quarta-feira, 9 de março de 2016

A VERDADEIRA LIBERDADE

“Assim sendo, se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres.” (João 8:36)
Só através de Cristo poderemos experimentar a verdadeira liberdade e assim ficarmos livres da tirania da opinião pública que com certeza de alguma forma manipula nossa vida.
Através da liberdade que há em Cristo podemos finalmente sermos nós mesmos, nos livrando assim de questões que nos escraviza, como: O que pensam de mim? O que acham de mim? O que querem de mim? Será que estou conseguindo agradar a todos?
Questões estas que com certeza nunca conseguiremos responde-las totalmente e que de uma forma silenciosa cria uma pressão interior (escravidão) que acaba controlando todo o nosso comportamento.
Então, sem mesmo notarmos começaremos a agir como um verdadeiro camaleão, isto é, mudaremos de cor de acordo com o ambiente e situação diante de nós. Isto é mais normal do que muitas das vezes percebemos, pois existe um desejo em nós de sermos aceitos e reconhecidos, e, isto, com certeza nos faz adaptar as nossas atitudes e personalidade de acordo com cada situação.
A liberdade em Cristo nos liberta principalmente do medo. Do medo do amanhã, do medo de sermos nós mesmos, do medo de enfrentarmos nossas limitações e nossos fracassos, do medo de assumirmos que não temos sabedoria suficiente para enfrentarmos o dia que está diante de nós, e, principalmente do medo de não sermos reconhecidos e aceitos pelos homens.
Aprendi algo definitivo para minha vida: Deus conhece e aceita a minha nudez (meus fracassos, limitações, etc.) e isto tem me livrado do desejo de esconder-me atrás das árvores que a vida me oferece, como: A árvore da aparência, a árvore da religião e tantas outras árvores que estão espalhadas diante de nós.
Creia, Cristo nos ama além de qualquer merecimento, valor ou posição. Ele simplesmente nos aceita, não por aquilo que somos e sim por aquilo que Ele é.
Oswaldo Pinho


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

CRISTIANISMO: UMA QUESTÃO DE QUEM VIVE!

Muitos de nós estamos tentando, com grande sinceridade as vezes, viver e andar igual a Cristo, sendo assim, buscamos fórmulas e disciplinas para alcançarmos isto. Todavia, Jesus foi claro quando disse, em outras palavras, que só poderíamos viver a vida cristã por Ele e através dEle.
“Assegurou-lhes Jesus: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e A VIDA. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6)
Também disse que não poderíamos fazer nada que não fosse através dEle.
“Eu Sou a videira, vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e Eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim não podeis realizar obra alguma.” (João 15:5)
Até Jesus enquanto homem, assumiu que não conseguiria fazer alguma coisa por si mesmo.
“Retomando a palavra, explanou Jesus: “Em verdade, em verdade vos asseguro, que o Filho nada pode fazer de si mesmo, mas somente pode fazer o que vê o Pai fazer, pois o que este fizer, o Filho semelhante o faz.” (João 5:19)
“Por mim mesmo, nada posso fazer; conforme ouço, assim julgo; e o meu julgamento é justo, porque não busco agradar a meu próprio desejo, mas satisfazer a vontade do Pai que me enviou.” (João 5:30)
Como o apóstolo Paulo precisamos de maneira definitiva abrir mão de nossa vida e deixar que Cristo viva em nós e através de nós.
“Fui crucificado juntamente com Cristo. E, desse modo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa nova vida que agora vivo no corpo, vivo-a exclusivamente pela fé no Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim.” (Gálatas 2:20)
Podemos então concluir que o cristianismo não é uma teologia ou uma doutrina de regras e bons costumes, e, sim, um Deus que veio como homem, morreu e ressuscitou e agora habita no espírito do homem regenerado.
Cristo agora, habitando em nosso espírito pode: andar com os nossos pés, ver com os nossos olhos e falar com os nossos lábios. Dessa forma Cristo será manifestado visivelmente e o Pai glorificado em Sua Criação.
Oswaldo Pinho



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

COMO AGIR DIANTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS DA VIDA

“Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal.” (2 Coríntios 4:8-11)
Podemos ver neste texto a forma com que Paulo enfrentava as circunstâncias da vida. Ele sempre procurou perceber o verdadeiro sentido de todas as circunstâncias a sua volta. Por isso nunca apontou o dedo para os céus ou para as pessoas, nunca se sentia frustrado ou injustiçado pelas circunstâncias que cercavam sua vida.
Paulo aceitou o fato de que todas as coisas, independente de quais fossem, estariam cooperando juntamente para sua formação como alguém que estava dentro de um propósito estabelecido por Deus.
Paulo sabia que como homem estava sujeito aos seus limites e fraquezas, porém nunca duvidou dentro do seu coração que havia algo maior do que sua fraqueza e limitação que o sustentava e que iria com certeza operar nas suas necessidades.
Sendo assim, Paulo resolveu de forma definitiva entregar o controle de sua vida nas mãos de Deus e aguardar com paciência e perseverança o resultado daquilo que não estava mais em seu controle.
Que a Paz de Deus estabeleça o descanso que você precisa neste tempo.
Oswaldo Pinho


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

IGREJA PREVALECENTE

“Porquanto pela graça que me foi concedida, exorto a cada um dentre vós que não considere a si mesmos além do que convém; mas, ao contrário, tenha uma auto-imagem equilibrada, de acordo com a medida de fé que Deus lhe proporcionou. Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e todos os membros não têm a mesma função assim também nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada membro está ligado a todos os outros. Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. Se o teu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensina; se é encorajar, age como encorajador; o que contribui, coopere com generosidade; se é exercer liderança, que a ministre com zelo; se é demonstrar misericórdia, que a realize com alegria. O amor seja sem qualquer fingimento. Odiai, sim, o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos dedicadamente uns aos outros com amor fraternal. Preferindo dar honra a outras pessoas, mais do que a si próprios. Não sejais descuidados do zelo; sede fervorosos no espírito. Servi ao Senhor. Alegrai-vos na esperança, sedes pacientes na tribulação, perseverai na oração. Cooperai com os santos nas suas necessidades. Praticai a hospitalidade. Abençoai os que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que pranteiam. Vivei em concórdia entre vós. Não sejais arrogantes, mas adotai um comportamento humilde para com todos. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos. A ninguém devolvei mal por mal. Procurai proceder corretamente diante de todas as pessoas. Empreendei todos os esforços para viver em paz com todos.” (Romanos 12:3-18)
Esta é a Igreja que prevalecerá contra o mal, contra o pecado; que abalará aqueles à nossa volta; que cumprirá o propósito eterno de Deus, que é gerar muitos filhos a semelhança do Seu Unigénito e que definitivamente será Sal e Luz para esta geração perdida.
Oswaldo Pinho




quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A ESSÊNCIA DA VIDA EM COMUM

Uma comunidade, no sentido mais amplo, é simplesmente um grupo de pessoas com interesses comuns, ou direitos e responsabilidades comuns.
Se queremos viver uma vida comum com Cristo e com os irmãos, precisaremos atentar para alguns princípios básicos para viver esta vida.
Um dos maiores interesses desta comunidade de irmãos de Jesus, precisa ser fazer a vontade do Seu Pai que está nos céus.
“Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” “Mateus 12:50)
Um dos direitos comuns destes irmãos em Cristo é a Liberdade:
“Então, disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:31-32)
Esta liberdade em Cristo é tão importante que Paulo nos exorta a permanecermos firmes neste direito adquirido em Cristo:
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis outra vez a um jugo de escravidão.” (Gálatas 5:1)
Todavia, precisamos ter muito cuidado, pois temos vivido numa época onde tendemos a focalizar quase que exclusivamente nos nossos direitos e na nossa “liberdade”, e acabamos negligenciando as nossas responsabilidades nesta vida em comum.
Sendo assim, gostaria de retirar da Palavra de Deus algumas responsabilidades fundamentais para vivermos esta vida em comum.
Uma das responsabilidades fundamentais dos seguidores de Cristo é ajudar a carregar as gargas uns dos outros:
“Levais as cargas pesadas uns dos outros e, assim, estareis cumprindo a Lei de Cristo.” (Gálatas 6:2)
“Nós, que somos fortes, temos o dever de suportar as fraquezas dos fracos, em vez de agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós deve agradar ao próximo, visando o que é bom para o aperfeiçoamento dele.” (Romanos 15:1-2)
Alguns deveres e responsabilidades da vida em comum:
Devemos estar dispostos a sacrificar certos aspectos da nossa liberdade a fim de não nos tornarmos pedras de tropeço para os irmãos com consciência mais fraca:
“Contudo, tendes cuidado para que o exercício da vossa liberdade não se torne um motivo de tropeço para os fracos.” (1 Coríntios 8:9)
Devemos ser o “guarda do nosso irmão”, sempre agindo com amor e cuidado para ajudar aqueles que forem encontrados em qualquer falha:
“Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vós que sois espirituais, deveis restaurar essa pessoa com espírito de humildade. Todavia, cuida de ti mesmo, para que não sejas igualmente tentado.” (Gálatas 6:1)
Devemos admoestar os insubmissos, consolar os desanimados, amparar os fracos, e ser longânimos para com todos:
“Irmãos, também vos exortamos a que admoesteis os sonolentos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais pacientes para com todos.” (1 Tessalonicenses 5:14)
Devemos exortar-nos mutuamente uns aos outros, a fim de que nenhum de nós seja endurecido pelo engano do pecado:
“Irmãos, tende muito cuidado, para que nenhum de vós mantenha um coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, exortai-vos mutuamente todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, de maneira que nenhum de vós seja embrutecido pelo engano do pecado.” (Hebreus 3:12-13)
Todavia, em nenhum lugar se encontra a essência da vida em comum com mais clareza que nessa declaração de Paulo:
“A fim de que não haja divisão no corpo, mas sim que todos os membros tenham igual dedicação uns pelos outros. Desse modo, quando um membro sofre, todos os demais sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e cada pessoa entre vós, individualmente, é membro desse corpo.” (1 Coríntios 12:26-27)
Devemos dentro do possível buscar igualdade em todas as áreas entre os irmãos. Quando Paulo escreve à comunidade dos irmãos em Coríntios ele explica bem esse conceito:
“Entretanto, nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto sejais sobrecarregados, mas que haja justo equilíbrio. No presente momento, a vossa fartura suprirá a grande necessidade deles, para que, de igual modo, a abundância deles venha a suprir a vossa privação, e assim haja igualdade.” (2 Coríntios 8:13-14)
Concluindo, vida comum é preocupar-se uns com os outros, compartilhar uns com os outros, carregar os pesos um dos outros, sejam esse pesos, físicos, emocionais, financeiros, espirituais, ou outros.
Que se possa dizer de nós, como foi dito da comunidade de irmãos em Jerusalém:
“E em todos eles havia abundante graça. Pois nenhuma necessidade havia entre eles.” (Atos 4:33b-34a)
Oswaldo Pinho



quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

ANTES DA GRAÇA A LEI

Temos visto hoje um derramar da pregação do evangelho sem custo, um evangelho de soluções mirabolantes para todos os males e problemas, e, assim, estamos construindo um amontoado de “Crentes” sem uma base firme e que diante da menor dificuldade já tem sua fé abalada.
No início da igreja os pecadores eram conduzidos à Jesus porque eram convencidos do pecado. Hoje são conduzidos a uma vida melhor, a uma promessa de paz, alegria, prosperidade e realização pessoal.
Todavia, se queremos ser fiéis ao evangelho do Reino de Deus teremos que informar primeiro ao homem sobre a Lei e logo depois apresentar a Graça.
“E, assim como aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disto o juízo.” (Hebreus 9:27)
Dessa forma, quando o pecador entender as horríveis consequências por quebrar as leis de Deus, ele correrá para o Salvador, e, assim, escapará da ira vindoura. Precisamos informar ao homem pecador com clareza sobre esta ira e a necessidade urgente de um verdadeiro arrependimento.
“Em épocas passadas, Deus não levou em conta essa falta de sabedoria, mas agora ordena que todas as pessoas, em todos os lugares, cheguem ao arrependimento. Porque determinou um dia em que julgará o mundo com o rigor da sua justiça, por meio do homem que para isso estabeleceu. E, quanto a isso, Ele deu provas a todos, ao ressuscita-lo dentre os mortos.” (Atos 17:30-31)
Com certeza Paz, Amor, Alegria e Vida Abundante são frutos de uma vida com Deus, mas isso não pode ser uma mera propaganda para atrair vidas. Pois, agindo assim, os pecadores responderão ao chamado por um motivo impuro, desprovido totalmente de um verdadeiro arrependimento.
Quando o homem coloca Cristo Jesus em primeiro lugar desde o início e pelo motivo certo, isto é, para escapar da ira vindoura, quando vier as lutas e dificuldades, ele não ficará requerendo as promessas feitas de forma leviana por alguns, e, não perderá com facilidade a Paz e a Alegria da salvação. Devemos aceitar Cristo não para uma melhoria de vida, mas para livramento da ira vindoura.
Infelizmente temos visto várias pessoas que se professam cristãs, mas que perdem a alegria e a paz quando vem a tribulação. Por quê? Porque são produtos de um evangelho sem Cristo.
As pessoas precisam se ver perdidas para clamarem por misericórdia e salvação. Os pecadores não fugirão da ira vindoura sem antes a enxergar, por isso a pregação do evangelho é para alertá-las. Não podemos oferecer a cura sem antes convencermos da doença; oferecer a graça sem antes convencer os pecadores da lei, ou seja, convencê-los que são transgressores. Quando eles enxergarem sua verdadeira condição, clamarão pela graça de Deus, pois a graça não tem sentido para aquele que não conhece a lei.
“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já esta condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:18)
“Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (Romanos 3:20)
Quando estivermos evangelizando precisamos expor gradualmente a verdade do evangelho começando pelo entendimento da lei de Deus, do pecado e de suas consequências. Logo após oferecendo a solução.
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.” (romanos 3:23-24)
Oswaldo Pinho