sexta-feira, 15 de setembro de 2017

DEUS RESTAURA OS CAÍDOS

“Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, ao levantar do sol. E diziam, uma às outras: Quem nos removerá a pedra da porta do sepulcro? E, olhando, notaram que a pedra já estava removida; pois era muito grande; e entrando no sepulcro, viram um jovem sentado à direita, vestido de um longo manto branco; e ficaram aterrorizadas. E ele lhes disse: Não vos atemorizes; buscai a Jesus de Nazaré; que foi crucificado; ele ressuscitou; não está aqui; vede o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, E A PEDRO, que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis, como ele vos disse.” (Marcos 16:1-7)
Podemos tirar algumas lições práticas para nossas vidas através deste texto, mas principalmente da frase: “E a Pedro”.
Podemos nos perguntar: Porque ele não disse: “E a João”, este era conhecido como o amado do Senhor. Ou “E a Tomé”, pois este duvidou da ressurreição do Senhor.
O que havia então em Pedro para que ele fosse tão especifico e direto em seu recado. Para poder entender bem isto precisamos voltar no tempo, exatamente três dias atrás.
Pedro cometera um grande pecado, apesar de ter sido avisado pelo próprio Senhor, e com certeza sabia as consequências desta sua atitude.
“Mas quem me negar diante do homem será negado diante dos anjos de Deus.” (Lucas 12:9)
Pedro se escondeu, se sentindo só, coberto pela sua vergonha, com pensamentos, os quais conseguimos imaginar: “Depois disto não tem mais jeito para mim, sou indigno de ser lembrado ou aceito novamente pelo Senhor.
Pedro com certeza olhou para sua fraqueza e pensou em desistir. Pedro, como nós, ao olhar sua realidade e sua humanidade, enxergou seus erros, defeitos e misérias, e, ainda não entendendo totalmente a Graça de Deus, resolveu se excluir daquilo que nunca foi excluído pelo Senhor, Seu propósito eterno.
Como Pedro, insistimos em nos culpar, lembrar de coisas quando o próprio Senhor não se lembra delas.
Somos, como Pedro, pessoas frágeis e muitas das vezes fazemos declarações que não podemos sustentar em nossa força natural.
“Ainda que todos venham a tropeçar por tua causa, eu jamais tropeçarei.” (Mateus 26:33)
Tenho entendido, depois de muito falhar, que através da minha força, não consigo nem mesmo ir até o Senhor. Todavia, creio que nos momentos de extrema fraqueza e debilidade, de forma sobrenatural o amor de Deus nos atrai e nos dá forças. E assim, entendendo que não me resta mais nada a não ser correr para os braços do Pai.
A minha, e com certeza, a sua, grande esperança é que: Jesus como Bom Pastor irá ao encontro de Suas ovelhas caídas e feridas para restaura-las.
Gostaria então, baseado em algo que li, de anotar algumas atitudes práticas que Jesus tomou para restaurar a vida de Pedro:
1ª Atitude: Foi Jesus que procurou Pedro:
Quando estamos fracos, quando tropeçamos e caímos, nos falta forças, estamos envergonhados e não conseguimos nos erguer sozinhos e dependemos de ajuda para sermos restaurados.
2ª Atitude: Jesus nunca desistirá e nem esmagará aquele que está caído:
“Não esmagará a cana quebrada, nem apagará o pavio que fumega, até que faça vencedor o juízo.” (Mateus 12:20)
Talvez Pedro quando encontrou o Senhor, agindo segundo o seu próprio padrão de agir, esperava uma severa reprimenda do Senhor, pois sua  auto estima estava no pó, ele se sentia o pior dos homens naquele momento.
Porém, ao contrário de todas as expectativas de Pedro, o Senhor preparou um cenário para restaurar aquele homem precioso, que só o Senhor conseguia enxergar naquele momento, e, fez-lhe perguntas diretas ao seu coração.
3ª Atitude: Reavivou o primeiro amor de Pedro
Em vez de confrontar Pedro e lembrá-lo de suas vergonhas e misérias. Jesus o toca de maneira sensível: “Tu me amas?”
Com aquela conversa e perguntas, Jesus vai entrando novamente no coração de Pedro e restaurando o propósito e o ministério daquele homem tão precioso e com um potencial que só o Senhor conseguia ver naquele momento.
Escrevo estas coisas em lágrimas, pois com certeza preciso entender a profundidade destas verdades e assim compreender como Paulo compreendeu o amor de Deus.
“Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” (Efésios 3:17-19)
Oswaldo Pinho









sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A SALA DE ESPERA DE DEUS

Qual de nós não esteve horas e horas angustiantes numa sala de espera, pensando em desistir, tentando arrumar alguma forma de acabar com aquela espera, pensando: quanto tempo perdido, com tanta coisa para fazer.
Tenho descoberto, por experiência própria, que uma das coisas mais difíceis para o homem é esperar.
Vivemos uma geração em que tudo tem que ser rápido, pois temos que ganhar tempo, alguns dizem: “Tempo é dinheiro”, “Não tenho tempo a perder”, “O tempo é curto”, e, outras coisas mais.
Todavia, creio que o tempo é uma das armas mais poderosas de Deus para nos treinar, tratar e transformar. Deus usa o tempo para trabalhar em nossas vidas, para mudar nossas expectativas pessoais, quebrar nossas vontades e principalmente moldar nosso caráter. Ele trabalha enquanto esperamos.
“Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor.” (Salmos 27:14)
É terrível quando nos vemos “parados”, nos sentindo “inúteis” e descobrindo que todas as coisas continuam funcionando sem nós.
Acabamos nos sentindo cansados e abatidos, pois corremos (como se estivéssemos em uma esteira de ginástica) e não conseguimos chegar a lugar nenhum. Porém, precisamos ter a revelação de que quando estamos “parados” no Senhor, na verdade estamos avançando e nos fortalecendo através do tratamento de Deus para alcançarmos voos maiores, se não, vejamos o que a Palavra diz: “ Mas os que esperam no Senhor renovam as usas forças, sobem com asas como águia, correm e não se cansam, caminham e não se fadigam.” (Isaías 40:31)
Infelizmente a capacidade de esperar não faz parte da natureza do homem. Nossa comida tem que ser rápida, nossos relacionamentos são rápidos e com “propósito”, não conseguimos nem esperar o sinal (semáforo) vermelho ficar verde para seguirmos (como brasileiro e carioca, sei bem o que é isso).
Muitas vezes pedimos para Deus abrir portas, porém, na demora damos uma pequena ajuda usando um “pé de cabra santo” do nosso esfoço próprio.
Como é sútil e as vezes passam despercebidas as atitudes que tomamos para manipular aquilo que queremos fazer no tempo em que queremos que sejam feitas toda a “vontade de Deus”
Muitas vezes nos tornamos verdadeiros “Daltónicos” (assim se escreve no bom português) espirituais, pois confundimos, por conta de nossa pressa e necessidade, o vermelho ou o verde de Deus para nossa vida.
“Porque somos salvos pela esperança. Mas, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.” (Romanos 8:24-25)
Sendo assim, gostaria de transcrever 4 princípios que li em um livro está manhã e creio que pode servir para você como tem servido para mim.
Primeiro: Quando Deus nos prepara para cumprirmos seu propósito, ele inclui o que gostaríamos de omitir, um período de espera. Isso cultiva a paciência.
Segundo: A medida que Deus nos faz esperar, ele nos mostra que não somos indispensáveis. Isso nos torna humildes e que não somos a estrela do espetáculo.
Terceiro: Enquanto Deus nos oculta nas sombras, ele revela novas dimensões de si mesmo. Ele nos torna mais profundos e menos qualificados.
Quarto: Quando Deus finalmente decide usar-nos, o chamado sempre chega quando menos se espera, quando nos sentimos menos qualificados.
Esses princípios fizeram parte da vida de alguns homens de Deus; espero sinceramente, e, no meu caso, com algum clamor, que estas verdades sejam práticas e reais em nossas vidas.
Oswaldo Pinho