quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A ESSÊNCIA DA VIDA EM COMUM

Uma comunidade, no sentido mais amplo, é simplesmente um grupo de pessoas com interesses comuns, ou direitos e responsabilidades comuns.
Se queremos viver uma vida comum com Cristo e com os irmãos, precisaremos atentar para alguns princípios básicos para viver esta vida.
Um dos maiores interesses desta comunidade de irmãos de Jesus, precisa ser fazer a vontade do Seu Pai que está nos céus.
“Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” “Mateus 12:50)
Um dos direitos comuns destes irmãos em Cristo é a Liberdade:
“Então, disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:31-32)
Esta liberdade em Cristo é tão importante que Paulo nos exorta a permanecermos firmes neste direito adquirido em Cristo:
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis outra vez a um jugo de escravidão.” (Gálatas 5:1)
Todavia, precisamos ter muito cuidado, pois temos vivido numa época onde tendemos a focalizar quase que exclusivamente nos nossos direitos e na nossa “liberdade”, e acabamos negligenciando as nossas responsabilidades nesta vida em comum.
Sendo assim, gostaria de retirar da Palavra de Deus algumas responsabilidades fundamentais para vivermos esta vida em comum.
Uma das responsabilidades fundamentais dos seguidores de Cristo é ajudar a carregar as gargas uns dos outros:
“Levais as cargas pesadas uns dos outros e, assim, estareis cumprindo a Lei de Cristo.” (Gálatas 6:2)
“Nós, que somos fortes, temos o dever de suportar as fraquezas dos fracos, em vez de agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós deve agradar ao próximo, visando o que é bom para o aperfeiçoamento dele.” (Romanos 15:1-2)
Alguns deveres e responsabilidades da vida em comum:
Devemos estar dispostos a sacrificar certos aspectos da nossa liberdade a fim de não nos tornarmos pedras de tropeço para os irmãos com consciência mais fraca:
“Contudo, tendes cuidado para que o exercício da vossa liberdade não se torne um motivo de tropeço para os fracos.” (1 Coríntios 8:9)
Devemos ser o “guarda do nosso irmão”, sempre agindo com amor e cuidado para ajudar aqueles que forem encontrados em qualquer falha:
“Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vós que sois espirituais, deveis restaurar essa pessoa com espírito de humildade. Todavia, cuida de ti mesmo, para que não sejas igualmente tentado.” (Gálatas 6:1)
Devemos admoestar os insubmissos, consolar os desanimados, amparar os fracos, e ser longânimos para com todos:
“Irmãos, também vos exortamos a que admoesteis os sonolentos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais pacientes para com todos.” (1 Tessalonicenses 5:14)
Devemos exortar-nos mutuamente uns aos outros, a fim de que nenhum de nós seja endurecido pelo engano do pecado:
“Irmãos, tende muito cuidado, para que nenhum de vós mantenha um coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, exortai-vos mutuamente todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, de maneira que nenhum de vós seja embrutecido pelo engano do pecado.” (Hebreus 3:12-13)
Todavia, em nenhum lugar se encontra a essência da vida em comum com mais clareza que nessa declaração de Paulo:
“A fim de que não haja divisão no corpo, mas sim que todos os membros tenham igual dedicação uns pelos outros. Desse modo, quando um membro sofre, todos os demais sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e cada pessoa entre vós, individualmente, é membro desse corpo.” (1 Coríntios 12:26-27)
Devemos dentro do possível buscar igualdade em todas as áreas entre os irmãos. Quando Paulo escreve à comunidade dos irmãos em Coríntios ele explica bem esse conceito:
“Entretanto, nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto sejais sobrecarregados, mas que haja justo equilíbrio. No presente momento, a vossa fartura suprirá a grande necessidade deles, para que, de igual modo, a abundância deles venha a suprir a vossa privação, e assim haja igualdade.” (2 Coríntios 8:13-14)
Concluindo, vida comum é preocupar-se uns com os outros, compartilhar uns com os outros, carregar os pesos um dos outros, sejam esse pesos, físicos, emocionais, financeiros, espirituais, ou outros.
Que se possa dizer de nós, como foi dito da comunidade de irmãos em Jerusalém:
“E em todos eles havia abundante graça. Pois nenhuma necessidade havia entre eles.” (Atos 4:33b-34a)
Oswaldo Pinho