quinta-feira, 7 de abril de 2016

QUESTÃO DE NATUREZA

“Ninguém coloca remendo novo em roupa velha; porque o remendo força o tecido da roupa e o rasgo aumenta. Nem se põe vinho novo em odres velhos; se o fizer, os odres rebentarão. Mas, põe-se vinho novo em odres novos, e assim ambos ficam conservados.” (Mateus 9:16-17)
A obra do Espírito Santo em nossas vidas não pode ser parcial, pois não esta relacionada com uma simples mudança parcial ou superficial de alguns costumes, comportamentos ou estilo de vida. Esta obra é parte de um processo que Deus começou em nossas vidas no dia de nossa salvação.
“E estou plenamente convicto de que aquele que iniciou boa obra em vós, há de concluí-la até o Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1:6)
A grande questão de nossas vidas é uma questão de natureza, de morte e vida. Morte de uma natureza (caída) para o estabelecimento de uma nova natureza. Pois como nos diz o texto inicial não podemos tentar remendar, consertar ou refazer (aproveitando alguns aspectos ou características) daquilo que não tem mais jeito.
Essa morte tem a ver com o processo do nosso relacionamento com Deus, pois toda e qualquer tentativa de fazermos isto através de nossa própria força ou de práticas religiosas será na verdade uma obra de nossa carne e de nossa justiça própria.
Paulo entendendo bem esse processo, declarou em Gálatas 2:19-20: “Pois, por intermédio da lei eu morri para a própria lei, com o propósito de viver tão somente para Deus. Fui crucificado juntamente com Cristo. E, desse modo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa vida que agora vivo no corpo, vivo-a exclusivamente pela fé no Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim.”
Outro exemplo bíblico desse processo da obra do Espírito Santo em nossas vidas e de onde este processo quer nos levar é a vida de João Batista:
João Batista não disse: “Convém que eu diminua para que Ele cresça”. João disse: “Convém que Ele cresça e eu diminua.” (João 3:30)
Em outras palavras: Quanto mais eu permito a Obra do Espírito Santo em minha vida e em consequência disso a vida de Deus vai nesse processo crescendo em mim, e naturalmente (de forma natural) começa diminuir a velha natureza que habita em mim.
Não tenha medo de se deixar levar pelo Espírito Santo de Deus a esse grande e maravilhoso processo (em algumas vezes doloroso) que é a morte do velho “eu” para o surgimento da nova criatura. Sendo assim, creia, o morrer com Cristo não é o fim, é o começo de uma nova chance. E, essa é a maior demonstração do amor e da graça de Deus.
Oswaldo Pinho