Estamos preocupados em achar formas e fórmulas de crescimento
da Igreja, isto tem deixado alguns ansiosos e com toda “sinceridade e boa
vontade” acabam empregando meios baseados em sua força e estratégias.
Em contrapartida vemos que na Igreja primitiva isto acontecia
de forma natural e progressiva, através da vida em comum e dos relacionamentos
internos e externos (fora da Igreja) que traduzia a vida de Deus que havia sido
colocada, através do Espírito, dentro daquelas pessoas simples e que viviam na
simplicidade da vida em comum.
Precisamos perceber que a Bíblia fala muito mais sobre
comunhão e relacionamento, inclusive entre Cristo e o Pai, do que fala sobre
evangelismo.
Na Igreja primitiva as pessoas se relacionavam diariamente
entre elas em seus núcleos de amizade e conhecimento, e, através destes
relacionamentos eram influenciadas e influenciavam de forma natural, existia
uma constante troca de experiencias, e assim, todos eram de alguma forma
participantes uns dos outros.
Alguns por medo, por lembranças ruins e traumáticas de
relacionamentos frustrantes, por não querer repartir algo que acredita ser só
dela (sua vida e intimidade), deixam de experimentar algo precioso, e com
certeza assustador, que é a vida em comum.
Quando nos relacionamentos de alguma forma expressamos o que
somos e o que temos dentro de nós, e, assim, podemos nos ajudar mutuamente e de
forma natural.
Como li recentemente: “nos tornamos uma comunidade sem
comunhão”.
Que Deus tenha misericórdia de nós e que de alguma forma abra
nossos olhos para enxergarmos como Ele enxerga e assim poderemos ver o que Ele
vê, em nós, nas pessoas, e, principalmente em sua Igreja.
E que urgentemente nos voltemos para o exemplo bíblico de
relacionamento e comunhão, que com certeza é a forma mais poderosa de
evangelismo.
“Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que,
pela sua palavra, hão de crer em mim; para que todos sejam um, como o Pai, o és
em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia
que tu me enviaste.” (João 17: 20-21)
Oswaldo Pinho
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